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Trajetória de 3I/ATLAS foi determinada por meio de um modelo computacional desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford | Reprodução Facebook Obstech
Um cometa vindo de fora do Sistema Solar atravessa a vizinhança da Terra a cerca de 210 mil km/h
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Batizado de 3I/ATLAS, o objeto pode ser um dos corpos celestes mais antigos já identificados pela ciência, com idade estimada em cerca de 3 bilhões de anos.
A trajetória de 3I/ATLAS foi determinada por meio de um modelo computacional desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford. Eles utilizaram dados do observatório espacial Gaia.
A análise aponta que o cometa se originou no chamado “disco espesso” da Via Láctea, uma região composta por estrelas antigas, distante do local onde se formou o Sistema Solar.
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Composto principalmente por gelo de água, o cometa pode desenvolver uma cauda brilhante ao se aproximar do Sol, resultado da vaporização causada pela radiação solar.
Se confirmado, o fenômeno poderá ser visível por astrônomos e amadores.
Apesar da descoberta promissora, os cientistas ressaltam que mais observações são necessárias para confirmar os dados iniciais.
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Ainda assim, a presença de 3I/ATLAS representa uma rara oportunidade para estudar um objeto que não se formou em torno do Sol, o que pode ajudar a compreender melhor a origem de sistemas estelares em outras partes da galáxia.
Até hoje, apenas dois objetos com origem comprovadamente interestelar foram detectados ao cruzar o Sistema Solar: o ‘Oumuamua, em 2017, e o 2I/Borisov, em 2019. Casos como esses oferecem informações valiosas sobre a formação e a evolução do universo.
Cometas interestelares são corpos que não pertencem ao Sistema Solar. Diferente dos cometas tradicionais, que orbitam o Sol, esses objetos se deslocam a grandes velocidades e cruzam nossa região cósmica antes de retornar ao espaço profundo.
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Eles são considerados remanescentes do processo de formação de sistemas estelares e ajudam os cientistas a compreender as condições físicas e químicas presentes no nascimento de estrelas e planetas em outras áreas da galáxia.
A detecção desses objetos depende de telescópios de alta precisão, capazes de identificar movimentos incomuns no céu. Após a identificação, suas trajetórias são analisadas para confirmar se vieram de fora do Sistema Solar.
Um dos programas dedicados a essa tarefa é o ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), que monitora constantemente o céu em busca de objetos potencialmente perigosos ou incomuns.
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Uma vez detectado, o objeto é analisado com técnicas como espectroscopia, fotometria e modelagem orbital, permitindo aos cientistas investigar não só sua composição, mas também sua origem no espaço interestelar.
Além do 3I/ATLAS, outro cometa cruzou o céu do Brasil neste mês e pode ser observado de regiões do país.
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