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Bombardeios realizados por Israel no fim de semana causaram danos em locais estratégicos | Thenews2/Folhapress
O confronto armado entre Irã e Israel chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (16/6), após uma série de ataques que deixaram mais de 240 mortos e atingiram alvos estratégicos dos dois países.
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O aumento da violência tem mobilizado negociações diplomáticas e causado impactos no mercado internacional.
A ofensiva começou na sexta-feira (13/6), quando Israel fez um ataque contra instalações militares iranianas, dando início à chamada “Operação Leão Ascendente”.
Entre os alvos estavam membros da cúpula militar iraniana e estruturas ligadas ao programa nuclear do país.
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Em resposta, o Irã lançou mísseis contra cidades israelenses e refinarias de petróleo. Os ataques atingiram áreas residenciais, instalações de energia e prédios do governo.
O Irã registrou 224 mortes desde o início da ofensiva, enquanto Israel confirmou 22 mortes e mais de 390 feridos.
Os bombardeios realizados por Israel no fim de semana causaram danos em locais estratégicos. Entre os alvos, estavam um centro de enriquecimento de urânio em Natanz, instalações do Ministério da Defesa em Teerã e um depósito de combustível.
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O Irã também informou que áreas residenciais foram atingidas por mísseis. Um dos bombardeios destruiu um prédio de 14 andares em Teerã, deixando 60 mortos, segundo a agência Reuters. O Ministério da Saúde iraniano afirmou que a maioria das vítimas é civil.
Do lado israelense, a principal refinaria em Haifa foi atingida por mísseis iranianos. Segundo a empresa responsável, houve danos a dutos e linhas de transmissão, mas as operações seguem parcialmente ativas. Não houve registro de vítimas nesses locais.
Especialistas afirmam que as ações fazem parte de uma tentativa israelense de enfraquecer o programa nuclear iraniano. Autoridades de Israel disseram que o país não assina acordos internacionais sobre armamento nuclear e vê o programa do Irã como uma ameaça.
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O Irã confirmou a morte de altos oficiais militares ao longo dos ataques. Entre os nomes estão o chefe de Inteligência da Guarda Revolucionária, Mohammad Kazemi, seu vice Hassan Mohaqeq, o general Mohsen Baqeri e o chefe das Forças Armadas iranianas, Mohammad Bagheri. Também foi confirmada a morte de Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária.
Essas baixas ocorreram durante bombardeios realizados na sexta-feira (13/6) e no domingo (15/6), inclusive em instalações governamentais no centro de Teerã.
Israel também realizou um ataque a uma aeronave iraniana em Mashhad, cidade no nordeste do Irã, distante mais de 2.000 km de seu território. O ataque foi considerado o de maior alcance desde o início da operação.
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O Irã enfrenta dificuldades para interceptar os ataques aéreos, conforme explicou o professor Leonardo Trevisan, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), à GloboNews.
Ele disse que Israel destruiu parte dos sistemas de lançamento de mísseis do Irã em ações anteriores, o que reduziu a capacidade defensiva do país.
Segundo Trevisan, diante desse cenário, o Irã pode recorrer a grupos aliados fora de seu território para manter sua resposta militar.
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O Ministério da Saúde do Irã divulgou no domingo (15/6) que, além das mortes, mais de 1,2 mil pessoas ficaram feridas.
Em Israel, os serviços de emergência informaram que continuam os trabalhos de resgate em prédios atingidos por mísseis e confirmaram cinco mortes adicionais na madrugada desta segunda.
As ações de resgate continuam em áreas urbanas, onde há risco de novos desabamentos. O número de vítimas pode aumentar nas próximas horas.
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Autoridades brasileiras que estavam em Israel no momento do início do conflito continuam no país. Ao todo, são 41 representantes, entre eles senadores e prefeitos. A missão fazia parte de uma viagem oficial.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) afirmou que há planos para transferir parte do grupo à Jordânia com apoio do Exército israelense. A embaixada do Brasil ainda não confirmou a operação.
A previsão é de que os primeiros 13 integrantes da comitiva deixem Israel nas próximas horas. Os demais devem seguir em comboios nos próximos dias, dependendo das condições de segurança.
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O prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Podemos), se emocionou após ter o voo para Israel cancelado. Lá ele participaria de uma missão oficial do Governo de São Paulo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país não participa diretamente do conflito, mas não descartou um possível envolvimento.
Em entrevista à ABC News, disse que acompanha a situação e mantém contato com o governo israelense.
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Segundo agências internacionais, como Reuters e Associated Press, o governo dos EUA teria recusado um plano israelense que visava um ataque direto ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
Autoridades americanas informaram que o plano foi descartado para evitar uma escalada maior no conflito.
O governo de Israel não confirmou oficialmente a existência da proposta. Quando questionado pela Fox News, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu limitou-se a dizer que o país “toma as decisões necessárias”.
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Apesar da continuidade dos ataques, representantes da União Europeia anunciaram uma reunião emergencial dos ministros das Relações Exteriores do bloco nesta terça-feira (17/6). A videoconferência tem como objetivo discutir formas de retomada do diálogo com Irã e Israel.
As negociações sobre o programa nuclear iraniano foram interrompidas após os ataques da última sexta-feira. O Irã exige o direito de continuar enriquecendo urânio como condição para retomar o diálogo. A proposta não é aceita por Israel nem por parte dos países europeus.
O governo iraniano declarou que não aceitará um cessar-fogo enquanto os ataques israelenses continuarem.
Na manhã de domingo, Trump disse que considera possível um acordo entre os dois países. Ele não detalhou o formato da proposta, mas afirmou que os EUA continuam apoiando o direito de defesa de Israel.
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