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Cotidiano

Conselho de Medicina proíbe uso de anestésicos em tatuagens

Resolução considera o aumento recente da atuação de médicos nesses procedimentos

Yasmin Gomes

28/07/2025 às 21:00

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Proibição ocorre tanto para anestesia tópica (local) quanto para geral e a sedação para o procedimento

Proibição ocorre tanto para anestesia tópica (local) quanto para geral e a sedação para o procedimento | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu o uso de anestesia para a realização de tatuagens, independentemente da extensão ou localização do desenho. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (28/7).

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A proibição ocorre tanto para anestesia tópica (local) quanto para geral e a sedação para o procedimento. Diversos famosos já aderiram à anestesia geral para tatuar locais, como MC Cabelinho, MC Daniel, Rafaella Santos, irmã do Neymar, Oruam, e MC Pedrinho.

Uso permitido em casos específicos

O uso fica permitido apenas para casos com indicação médica, como a pigmentação da aréola mamária após cirurgia de retirada das mamas em pacientes com câncer.

Mesmo nessas situações, a anestesia só poderá ser aplicada em ambiente de saúde com infraestrutura adequada, avaliação pré-anestésica, monitoramento contínuo, equipamentos de suporte à vida e equipe treinada para lidar com possíveis intercorrências.

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Segundo o relator da medida, conselheiro Diogo Sampaio, a resolução considera o aumento recente da atuação de médicos, principalmente anestesiologistas, em procedimentos voltados à facilitação de tatuagens extensas ou em áreas sensíveis.

“A participação médica nesses contextos, especialmente envolvendo sedação profunda ou anestesia geral para a realização de tatuagens, configura um cenário preocupante, pois não existe evidência clara de segurança dos pacientes e à saúde pública. Ao viabilizar a execução de tatuagens de grande extensão corporal, que seriam intoleráveis sem suporte anestésico, a prática eleva demasiadamente o risco de absorção sistêmica dos pigmentos, metais pesados (cádmio, níquel, chumbo e cromo) e outros componentes das tintas”, explica.

Sampaio também destaca que o ato anestésico envolve riscos, e que seu uso em tatuagens sem finalidade terapêutica “colide frontalmente” com a avaliação da relação risco-benefício. Ele ressalta ainda que estúdios de tatuagem não oferecem as condições mínimas para a realização segura de práticas anestésicas.

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*Sob supervisão de Leonardo Sandre

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