Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Proibição ocorre tanto para anestesia tópica (local) quanto para geral e a sedação para o procedimento | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu o uso de anestesia para a realização de tatuagens, independentemente da extensão ou localização do desenho. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (28/7).
Continua depois da publicidade
A proibição ocorre tanto para anestesia tópica (local) quanto para geral e a sedação para o procedimento. Diversos famosos já aderiram à anestesia geral para tatuar locais, como MC Cabelinho, MC Daniel, Rafaella Santos, irmã do Neymar, Oruam, e MC Pedrinho.
O uso fica permitido apenas para casos com indicação médica, como a pigmentação da aréola mamária após cirurgia de retirada das mamas em pacientes com câncer.
Mesmo nessas situações, a anestesia só poderá ser aplicada em ambiente de saúde com infraestrutura adequada, avaliação pré-anestésica, monitoramento contínuo, equipamentos de suporte à vida e equipe treinada para lidar com possíveis intercorrências.
Continua depois da publicidade
Segundo o relator da medida, conselheiro Diogo Sampaio, a resolução considera o aumento recente da atuação de médicos, principalmente anestesiologistas, em procedimentos voltados à facilitação de tatuagens extensas ou em áreas sensíveis.
“A participação médica nesses contextos, especialmente envolvendo sedação profunda ou anestesia geral para a realização de tatuagens, configura um cenário preocupante, pois não existe evidência clara de segurança dos pacientes e à saúde pública. Ao viabilizar a execução de tatuagens de grande extensão corporal, que seriam intoleráveis sem suporte anestésico, a prática eleva demasiadamente o risco de absorção sistêmica dos pigmentos, metais pesados (cádmio, níquel, chumbo e cromo) e outros componentes das tintas”, explica.
Sampaio também destaca que o ato anestésico envolve riscos, e que seu uso em tatuagens sem finalidade terapêutica “colide frontalmente” com a avaliação da relação risco-benefício. Ele ressalta ainda que estúdios de tatuagem não oferecem as condições mínimas para a realização segura de práticas anestésicas.
Continua depois da publicidade
*Sob supervisão de Leonardo Sandre
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade