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João Doria é governador de São Paulo | Divulgação Governo do Estado
O estado de São Paulo registrou nesta quinta-feira 40.202 mortes e 1.156.652 casos confirmados do novo coronavírus. O número representa 295 mortes a mais em relação às divulgadas no dia anterior, uma quantidade bem maior do que o visto nas últimas semanas para o período de 24 horas. O fato acontece, segundo a gestão Doria, por uma falha no sistema do Ministério da Saúde.
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O governo paulista ficou de sexta (6) até terça-feira (10) sem divulgar os novos casos no Estado, porque, segundo a administração estadual, o sistema de notificação do Ministério da Saúde estava inacessível. "Com a retomada do sistema, é esperado que as prefeituras notifiquem estes óbitos 'represados' durante o período de falha no SIVEP, o que pode gerar uma falsa ideia de alta de mortes nos próximos dias", divulgou a secretaria estadual da Saúde, em nota.
No fim de outubro, por exemplo, a média diária de mortes por coronavírus ficou abaixo de 100 no Estado pela primeira vez desde abril.
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Segundo a Secretaria da Saúde, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 45% na Grande São Paulo e 41,2% no Estado. O número de pacientes internados é de 7.503, sendo 4.279 em enfermaria e 3.224 em unidades de terapia intensiva.
Entre as vítimas fatais estão 23.148 (57,6%) homens e 17.054 (42,4%) mulheres. Os óbitos permanecem concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 76,6% das mortes.
Segunda onda
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Os hospitais particulares da Capital registraram entre outubro e novembro aumento de internações por Covid-19. Só neste mês, o Hospital Sírio-Libanês, por exemplo, realizou 120 internações, 30% delas em unidades de terapia intensivas (UTIs). “Nossa média era de 85 a 110 internações. Temos entre 130 e 140 leitos e a ocupação desta semana está próxima à do pico da pandemia em abril”, diz Felipe Duarte Silva, coordenador de Práticas Médicas do Sírio, em entrevista ao portal "El País".
Além disso, uma pesquisa da Info Tracker - ferramenta desenvolvida por USP e Unesp para monitorar o avanço da pandemia - aponta que entre 1º de agosto e 5 de novembro houve um salto de casos suspeitos de coronavírus na Grande São Paulo e na capital paulista.
Para o pesquisador Vitor Mori, membro do Observatório Covid-19 BR, também em entrevista ao "El País", ainda é cedo para dizer que se trata de uma segunda onda da doença na cidade, mas que é preciso atenção aos números. “Ainda não há um aumento consistente do número de casos. A gente só sabe da segunda onda quando já estamos nela. Mas, sem dúvida, o aumento de internações nos hospitais particulares é um sinal para se prestar atenção”.
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