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Cotidiano

Conselho Regional de Medicina recebe mais quatro denúncias por abuso sexual contra médico

Vítimas pedem que licença do nutrólogo seja cassada; Abib Maldaun Neto nega acusações

25/09/2020 às 12:10

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De acordo com Cremesp, o registro profissional do nutrólogo 
Abib Maldaun continuará ativo até o trâmite judicial terminar

De acordo com Cremesp, o registro profissional do nutrólogo Abib Maldaun continuará ativo até o trâmite judicial terminar | /Reprodução/TV Globo

Entre terça-feira (22) e quinta-feira (24), mais quatro ex-pacientes prestaram queixa contra o médico nutrólogo Abib Maldaun Neto no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), segundo a “GloboNews”. Ao todo, oito mulheres pedem que a licença do médico seja cassada. 

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Todas as acusações são referentes a abusos sexuais praticados no consultório do nutrólogo, localizado no bairro Jardins, zona sul da Capital. Um ofício foi protocolado no início da semana pela deputada estadual Marina Helou (Rede Sustentabilidade-SP) pedindo o afastamento do nutrólogo das funções e será acompanhado pela Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres da Assembleia Legislativa (Alesp).

Ele já foi condenado em segunda instância por violação sexual mediante fraude pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, mas continua com autorização do Conselho Regional de Medicina (Cremesp).

Canal de denúncia

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Nesta semana, o Ministério Público de São Paulo abriu um canal para receber denúncias de pacientes sobre o médico nutrólogo Abib Maldaun Neto. Os relatos devem ser feitos através do e-mail [email protected].

Todas as denúncias serão recebidas por uma equipe especializada e os dados e informações serão mantidos em sigilo. O mesmo canal foi utilizado pelo Núcleo de Gênero do MP-SP para colher denúncias envolvendo o médium João de Deus.

Segunda instância

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O médico foi condenado em segunda instância por violação sexual no dia 30 de julho, e a revista “Veja” divulgou o caso. De acordo com o relato de ao menos cinco mulheres, o crime ocorreu durante a realização de exames.

As vítimas alegam que procuraram o atendimento porque ele era um médico renomado. “Ele me fez deitar na maca, tirar a roupa. Ele começou um procedimento de auscultar meu coração e, já logo naquele dia, eu senti que ele botou a mão um pouco mais estranho quando ele foi auscultar meu coração, botou a mão no meu peito. Até o momento que ele pediu que eu tirasse a calcinha. E, na hora, me passou milhões de coisas na cabeça, mas não fui capaz nem de perguntar por que, nem de falar não”, disse uma mulher ao G1.

“Ele falou: ‘eu vou verificar como está, como estão as coisas’. E enfiou dois dedos na minha vagina e começou a estimular...meu clitóris. E dai eu já tava me sentindo muito mal...Eu virei pro lado, comecei a chorar sem que ele percebesse. Só desejava que aquilo acabasse o mais rápido possível", contou outra paciente.

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A defesa das vítimas informou que trabalhou com questões circunstanciais. “O que nós trabalhamos foi com as questões circunstanciais. Provas testemunhais que demonstravam que todo o relato dele, que estava acompanhado por uma enfermeira, que a paciente não tinha ido no dia da consulta, conseguimos demolir no processo legal, no criminal e no CRM”, disse a defesa das vítimas, advogado Fernando Castelo Branco.

Atualmente, o médico cumpre pena em regime semiaberto por ser réu primário. Abib Maldaun Neto se pronunciou em nota ao “G1”. Leia:

“Mantenho a consciência tranquila, pois em décadas arduamente dedicadas à medicina jamais pratiquei qualquer ato imoral ou ilegal contra qualquer paciente ou cidadão. Sempre atuei de forma ética, integra e profissional zelando pela dignidade da honrosa profissão a qual dedico a minha vida, por esta razão sempre colaborei com o processo, comparecendo em todos os atos e me colocando à disposição da justiça a fim de que a verdade real dos fatos seja devidamente comprovada”.

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Em nota, o Cremesp disse que o caso está sendo apurado e que todas as providências estão sendo tomadas.

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