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Cotidiano

De 'medida importante' a 'irresponsabilidade': vereadores se dividem sobre reabertura de comércio

A Gazeta conversou com vereadores da Capital para saber a opinião deles sobre a decisão da prefeitura de reabrir comércio e shoppings na Capital

Bruno Hoffmann

09/06/2020 às 15:03  atualizado em 09/06/2020 às 15:28

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Shopping Cidade São Paulo,  na Avenida Paulista, fechado durante a quarentena

Shopping Cidade São Paulo, na Avenida Paulista, fechado durante a quarentena | Rovena Rosa/Agência Brasil

O comércio de rua está autorizado a reabrir na cidade de São Paulo a partir desta quarta-feira e os shoppings a partir de quinta (11). Ambos os setores funcionarão por 4 horas diárias. O anúncio deve ser feito ainda nesta terça-feira pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).

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A Gazeta conversou com vereadores da Capital para saber a opinião deles sobre a decisão da prefeitura. Segundo Celso Giannazi (Psol), “beira a irresponsabilidade” a flexibilização à quarentena em um momento em que o estado de São Paulo tem o maior número de mortes pela Covid-19 no período de 24 horas.

“Mais uma vez, Doria e Covas cedem à pressão dos empresários e colocam em grande risco a vida dos paulistanos. A prioridade não deve ser a economia. Precisamos aplicar todos os recursos que temos para reabrir hospitais fechados, abrir mais leitos, ampliar o número de servidores e garantir uma renda emergencial para que a população possa fazer o isolamento”, disse o vereador.

O vereador do Psol contou ter apresentado propostas para fortalecer o isolamento, como uma renda básica às famílias mais afetadas e desvinculação de recursos da prefeitura para combate à pandemia. Segundo ele, países como Itália e Suécia “pagaram caro” por não seguir o isolamento. “No final, pedidos de desculpas não trazem de volta vidas perdidas”.

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Já de acordo com Adilson Amadeu (DEM), a medida é importante, mas ele duvida da eficiência da fiscalização. “Eu acho que tem que reabrir, mas fazer com muitas regras. Como que pode fiscalizar o Brás, Pari e Canindé com todo aquele comércio que tem, uma loja encostada na outra, e com 28 mil ambulantes de madrugada? A loja é mais fácil ter controle, mas o ambulante na rua não se tem controle”.

Segundo ele, a decisão da prefeitura “joga com o sufoco da população, que precisa trabalhar”. Ele explicou, porém, que parte do comércio desses bairros já estava aberta, funcionando “com meia porta aberta”, para atender os clientes de forma discreta.

Para Caio Miranda Carneiro (DEM), os horários reduzidos de atendimento é uma “péssima ideia”, e falou da importância dos testes ao coronavírus aos funcionários dessas empresas.

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"Não concordo com essa reabertura, mas já que será feita deveria estar condicionada à testagem. O ideal seria pactuar com os empregadores para que fossem feitas testagens quinzenais nos trabalhadores. Os horários encurtados são uma péssima ideia, aglomeram e concentram muito mais as pessoas”.

De acordo com Alessandro Guedes (PT), o anúncio da abertura do comércio é uma “piada”. “Quarentena no começo da pandemia e fim da quarentena no pico da pandemia, só por aqui mesmo”, disse.

Para ele, o ideal seria decretar o lockdown no Estado. “Lamentável ceder à pressão. Tem que fazer o que é certo e neste caso o certo é socorrer financeiramente os pobres e pequenos comerciantes, a partir daí implantar o lockdown. Não adianta fugir deste destino, só estamos adiando, remendando o pavio de uma bomba que já foi acesa. Infelizmente, desse jeito que vai, a situação irá piorar muito antes de melhorar”.

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A ABERTURA.

De acordo com levantamento da Gazeta, a expectativa é que o horário de funcionamento do comércio na cidade de São Paulo seja entre 11h e 15h, enquanto os shoppings abririam as portas das 6h às 10h ou das 16h às 20h, com público limitado a 20% da capacidade. Os dois setores deverão fazer o controle do fluxo de pessoas nas portas e estacionamentos, além de seguir normas de higiene e segurança.

Em relação aos shoppings, a tendência é que os centros comerciais populares optem por abrir as portas das 6h às 10h, enquanto os convencionais atendam das 16h às 20h.

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Na sexta-feira passada (5), a gestão Covas já havia autorizado o retorno das atividades presenciais de concessionárias de veículos e escritórios na Capital.

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