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Cotidiano

Depois das Olimpíadas, skate vira tendência em condomínios

Empresa especializada em construção de pista revela que demanda por orçamento aumentou 200% após medalhas de atletas brasileiros

04/09/2021 às 18:21

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Piscine Station, localizado no bairro do Brás, foi o primeiro projeto com pista de skate da Gamaro Incorporadora.

Piscine Station, localizado no bairro do Brás, foi o primeiro projeto com pista de skate da Gamaro Incorporadora. | Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo

A primeira participação de Rayssa Leal, 13 anos, nos Jogos Olímpicos de Tóquio rendeu à skatista uma medalha de prata na categoria Street e 6 milhões de seguidores no Instagram. Mas “Fadinha”, como é conhecida, não foi a única beneficiada com a estreia do esporte nas Olimpíadas, na esteira do sucesso da esportista e de Kelvin Hoefler e Pedro Barros, ambos também medalhistas de prata, o skate virou moda e chegou até aos condomínios.

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“Quando a modalidade virou esporte olímpico, lá em 2016, já notamos um aumento na demanda e uma mudança no perfil dos contratos. Antes, normalmente, eram pistas menores, mini ramp. Depois, passou a ter uma busca maior por projetos mais complexos. Com o sucesso nas Olímpiadas, a procura estourou e até tivemos que reforçar nossa equipe”, conta Edson Tuffi Junior, proprietário da Skate Center, empresa especializada em construção de pistas.

Segundo o empresário, desde julho, a busca por orçamentos aumentou 200% e o interesse não é só de empreendimentos localizados na Capital, mas em todo o Estado. “Já fizemos pistas em Mairiporã, Jundiaí, Atibaia, Maresias e não são apenas os condomínios e as construtoras que nos procuram, mas também muita gente que quer ter uma pista em casa.”

Perfil

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Condomínios com muitos jovens e crianças são os que mais procuram empresas como a de Tuffi Junior para a implantação de pistas, visto que sem um espaço adequado para a prática do esporte, os pequenos moradores andam nas quadras ou mesmo em áreas comuns, que não possuem piso apropriado para a prática e são mais propensos a acidentes.

Entretanto, na opinião da arquiteta Maria Carolina Pierini, da Gamaro Incorporadora, as pistas devem se tornar cada vez mais comuns nos empreendimentos imobiliários, a exemplo das quadras de beach tennis, futevôlei e das áreas de coworking. “Acredito que as pistas de skate devem virar tendência. Elas devem começar a surgir em outros empreendimentos para que além dos espaços públicos os skatistas possam treinar em casa”, ressalta.

Em outubro do ano passado, a incorporadora entregou seu primeiro projeto contendo uma pista de skate, o Piscine Station, localizado no bairro do Brás, em São Paulo. Projetado pelo arquiteto George Rotatori, a pista é do modelo “snake”, que começa com uma altura flat e vai até cerca de dois metros, possibilitando o uso de iniciantes a profissionais, de todas as idades.

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No fim de 2022, a empresa entrega um novo empreendimento com pista.

Esperança sobre rodinhas

O skate não é apenas a aposta de condomínios para agradar as novas gerações, ele também foi a saída de muitos negócios para escapar da crise. Este é o caso, por exemplo, de José Luiz Parreira, 31 anos, proprietário do Surf Base Hostel, em Ubatuba.

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Pereira montou o hostel em novembro de 2019, o negócio ia bem, mas, por conta da pandemia do novo coronavírus, ele foi obrigado a fechar as portas em março de 2020. “No meio dessa loucura toda, com as portas fechadas, comentei com um amigo francês que tinha a vontade de colocar uma pista de skate no hostel. Este amigo me disse que isso poderia ser a salvação do meu negócio e resolveu investir na pista. Quando reabrimos, em julho, já com a pista de skate, percebi que as pessoas começaram a vir por conta da pista e com o boom do esporte no cenário nacional, eu vi a necessidade de instalar outra pista”, conta o empresário.

O novo projeto será implementado pela Skate Center em um espaço de 2 mil m² que, atualmente, estão ociosos no hostel. A pista deve ficar pronta até o final do ano e Pereira espera receber turistas de todo Brasil, além de implantar um projeto social. “Espero revelar novos atletas (...). Dar uma alternativa para as crianças para além do futebol.”

O que Pereira espera obter no futuro, Hélio William Gorga, o Mad, já consegue na atualidade. Isso porque ele coordena o Projeto Futuro do Skate, uma escola de skate gratuita, que funciona em parceria com a Prefeitura de Santos. “Antes se enxergava o skate como estilo de vida, hoje o perfil do atleta é outro, é o alto rendimento. A família não vê mais como um esporte marginalizado; pelo contrário, o jovem atleta hoje até começa a auxiliar na renda familiar através do skate”, finaliza.

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