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Cotidiano

Novo estudo revela qual injeção emagrecedora faz pacientes perderem até 25% do peso

Mounjaro e Wegovy são aprovados pela Anvisa e já estão disponíveis em farmácias brasileiras

Hebert Dabanovich

12/05/2025 às 19:10  atualizado em 12/05/2025 às 21:08

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No Brasil, Wegovy e Mounjaro estão aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento da obesidade

No Brasil, Wegovy e Mounjaro estão aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento da obesidade | Freepik

Um estudo comparativo entre dois medicamentos para perda de peso indicou que o Mounjaro (tirzepatida), da Eli Lilly, apresentou maior eficácia do que o Wegovy (semaglutida), da Novo Nordisk.

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Ambos os medicamentos promoveram perda de peso significativa, mas o Mounjaro levou a uma redução média de 20% após 72 semanas de tratamento, enquanto o Wegovy resultou em uma redução de 14%, conforme os dados do estudo.

Os pesquisadores responsáveis afirmaram que os dois medicamentos são úteis no tratamento da obesidade, mas o Mounjaro pode beneficiar pacientes que precisam perder uma quantidade maior de peso.

Método de atuação

Mounjaro e Wegovy atuam no sistema nervoso, estimulados por hormônios produzidos no intestino, o que aumenta a saciedade, reduz a ingestão de alimentos e promove a queima de gordura corporal.

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A diferença de eficácia é atribuída ao modo de ação: o Wegovy imita um hormônio liberado após as refeições que ativa um sinal de saciedade, enquanto o Mounjaro ativa dois hormônios que atuam no sistema nervoso.

O estudo, financiado pela Eli Lilly, envolveu 750 participantes com obesidade e peso médio de 113 kg. Eles receberam a maior dose tolerada de um dos medicamentos.

Os resultados, apresentados no Congresso Europeu de Obesidade, realizado em Málaga, na Espanha, e publicados no New England Journal of Medicine, indicaram que:

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  • 32% dos participantes tratados com Mounjaro perderam um quarto do peso corporal, contra 16% no grupo do Wegovy;
  • A redução média da medida da cintura foi de 18 cm com o Mounjaro e de 13 cm com o Wegovy;
  • Melhoras nos níveis de pressão arterial, glicemia e colesterol foram observadas entre os usuários do Mounjaro;
  • Os efeitos colaterais relatados foram semelhantes entre os dois grupos;
  • Mulheres apresentaram maior perda de peso do que homens.

O médico Louis Aronne, responsável pela condução do estudo no Centro de Controle de Peso da Weill Cornell Medicine, em Nova York, observou que a maioria dos pacientes se beneficia do uso da semaglutida (Wegovy), mas indivíduos com níveis mais elevados de obesidade podem obter melhores resultados com a tirzepatida (Mounjaro).

Certificação da Anvisa

No Brasil, Wegovy e Mounjaro estão aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento da obesidade. A tirzepatida começou a ser vendida em farmácias brasileiras neste mês, após aprovação em outubro de 2023.

Atualmente, esses medicamentos não são disponibilizados pela rede pública de saúde, embora existam discussões iniciais sobre a possível inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS). O custo mensal para quem deseja fazer o tratamento ultrapassa R$ 1,2 mil.

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A obesidade é considerada uma doença crônica e, por isso, o tratamento com esses medicamentos deve ser contínuo.

Em abril, a Anvisa alterou as regras para a prescrição das “canetas emagrecedoras”, exigindo que as receitas médicas sejam retiradas fisicamente nas farmácias, para controlar o uso e proteger a saúde pública.

O Ozempic tem a mesma substância (semaglutida), mas em dose menor que o Wegovy.

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Atualmente, há três versões da semaglutida disponíveis: o Ozempic (injeção de 1 mg para diabetes tipo 2), o Rybelsus (comprimidos de 3, 7 ou 14 mg para diabetes) e o Wegovy (injeção de 2,4 mg para obesidade).

Pesquisas sobre medicamentos para perda de peso continuam em andamento. Cientistas investigam doses mais altas, novas formas de administração, como comprimidos orais, e o desenvolvimento de novos princípios ativos.

O professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, afirmou que o avanço dessas pesquisas pode levar à prevenção da obesidade. Ele destacou, no entanto, que medidas para tornar a sociedade mais saudável seriam mais eficazes na redução dos casos de obesidade.

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