Detran-SP fecha autoescolas e expõe esquema do 'quebra' na CNH

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) fez um alerta nesta quarta-feira (25/6) sobre a corrupção nas autoescolas, conhecida como a prática do “quebra”.

Desde o início do ano, o órgão intensificou a fiscalização em todo o Estado. De janeiro a maio, o número de ações em autoescolas quase triplicou em relação ao mesmo período de 2024, saltando de 662 para 1.606.

Como resultado, 67 estabelecimentos e 241 profissionais foram cassados por condutas irregulares. Desde 2023, 420 autoescolas punidas.

O Detran-SP também atua para ampliar a transparência nos exames práticos de direção, determinando a implantação de câmeras nos veículos para monitoramento e revisão de condutas durante as provas.

Além disso, a autarquia já tornou obrigatória a utilização de tablets, com coleta digital e reconhecimento facial dos candidatos, chefes de comissão e examinadores, medidas que elevam os níveis de segurança e eliminam fraudes com formulários em papel.

Segundo o Governo do Estado, a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) deve ser feita de forma legítima, transparente e dentro da lei.

Para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), os interessados devem passar por testes psicológicos, teóricos e práticos.

O processo começa com uma avaliação física e mental, seguida por aulas teóricas e, após uma prova com questões alternativas, os interessados são submetidos a aulas práticas com instrutores.

A etapa final para obter a CNH é passar no teste prático, e é nessa etapa que aparece o famoso “quebra”.

Para garantir a carteira de motorista, o infrator oferece uma quantia em dinheiro ao avaliador, que aceita e aprova o aluno. É uma prática típica de corrupção e, portanto, criminosa.

Além disso, novas exigências estão sendo implementadas, como a aprovação recente do Congresso Nacional que torna obrigatórios os exames toxicológicos para candidatos à CNH de carro e moto nas categorias A e B.