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Bolsonaro colocou em dúvida a tortura sofrida por Dilma durante a ditadura militar e afirmou a apoiadores que aguarda 'até hoje' raio-x que comprovaria lesão provocada na ex-presidente
29/12/2020 às 15:50 atualizado em 13/09/2021 às 15:49
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Ex-presidente Dilma Rousseff recebeu apoio de políticos após Bolsonaro ironizar tortura que ela sofreu | /Roberto Stuckert Filho
Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizar a tortura sofrida pela ex-presidente Dilma Rousseff durante a ditadura militar (1964-1985), os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) manifestaram apoio a Dilma pelas redes sociais.
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A ex-presidente integrou organizações de esquerda que combateram a ditadura militar e chegou a ser presa e torturada. Durante encontro com apoiadores nesta segunda-feira, Bolsonaro colocou em dúvida a tortura sofrida por Dilma e afirmou que aguarda "até hoje" raio-x que comprovaria lesão provocada na ex-presidente pelos torturadores.
Em sua conta no Twitter, Lula se manifestou sobre a declaração de Bolsonaro. “O Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca. Minha solidariedade à presidenta Dilma, mulher detentora de uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais conhecerá", escreveu o petista.
Também por meio da rede social, Fernando Henrique e Maia se solidarizaram com Dilma e criticaram Bolsonaro.
"Minha solidariedade a ex-Presidente Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela — ou de qualquer pessoa — é inaceitável. Concorde-de ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites", publicou FHC.
Já Maia afirmou que o presidente não tem ‘dimensão humana’. “Bolsonaro não tem dimensão humana. Tortura é debochar da dor do outro. Falo isso porque sou filho de um ex-exilado e torturado pela ditadura. Minha solidariedade a ex-presidente Dilma. Tenho diferenças com a ex-presidente, mas tenho a dimensão do respeito e da dignidade humana”, escreveu.
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Por meio de uma nota enviada a imprensa, Dilma rebateu a provocação de Bolsonaro, classificando o presidente como "sociopata", "fascista" e "cúmplice da tortura e da morte". “Bolsonaro não insulta apenas a mim, mas a milhares de vítimas da ditadura militar, torturadas e mortas, assim como aos seus parentes, muitos dos quais sequer tiveram o direito de enterrar seus entes queridos. Um sociopata, que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, não merece a confiança do povo brasileiro”, afirma Dilma na nota.
O Palácio do Planalto não se manifestou sobre a declaração de Bolsonaro.
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