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Missas e redes sociais serão interrompidas por orientação do arcebispo | Rovena Rosa/Agência Brasil
Foi determinado pelo cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, que o padre Júlio Lancelotti não transmitisse mais as missas que ministra. Além disso, as atividades em suas redes sociais devem ser suspensas.
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Lancelotti também poderá ser retirado da paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca, em São Paulo, onde atua há mais de 40 anos.
O religioso recebeu o comunicado no domingo (14/12). A notícia repercutiu em grupos de WhatsApp de padres e se tornou público após ser noticiada pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
À Folha, Lancelotti afirmou que Dom Odilo pediu para ele dar um tempo como forma de recolhimento e de proteção. Questionado se concordava com a decisão, respondeu que tem "apenas que obedecer".
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Em nota oficial, o padre Júlio disse que suas redes sociais e as transmissões serão interrompidas momentaneamente. Ele informa que este será um período de recolhimento temporário.
O religioso reafirmou que irá obedecer às determinações da arquidiocese em sua nota. Ainda no comunicado, ele diz que não procede à informação de que pode ser transferido de paróquia.
As celebrações do padre Júlio Lancelotti eram transmitidas ao vivo pela Rede TV dos Trabalhadores (TVT), mantida por sindicatos, pelo portal ICL e pelo YouTube.
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A Gazeta entrou em contato com a arquidiocese para obter mais informações. Foi informado pela entidade que a tratativa é exclusiva entre o padre Júlio Lancelotti e dom Odilo Scherer.
A figura do padre Júlio é considera polêmica por suas ações sociais e declarações fortes em relação à fé católica, dentro da própria igreja Católica. Em outubro, durante um sermão, ele afirmou que Jesus não era católico, e sim judeu, e que a igreja foi fundada depois.
A declaração foi contestada por religiosos. Padre Júlio gravou um vídeo pedindo "perdão por afirmações equivocadas e errôneas", e se refirmando católico.
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Seu trabalho junto aos moradores de rua é alvo de críticas e ataques por políticos de direita, especialmente de integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL). O deputado federal Junio Amaral (PL-MG) publicou um vídeo no Instagram afirmando que levou um abaixo-assinado com mais de mil assinaturas à Embaixada do Vaticano pedindo o afastamento do padre de suas atividades religiosas.
O deputado estadual Gil Diniz (PL) apresentou, em 29 de março de 2025, uma representação canônica contra o padre Júlio Renato Lancellotti por conta de um vídeo em que ele recebe um "passe" de uma mãe de santo.
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