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Brasil enfrenta pandemia do novo coronavírus desde o fim de fevereiro | FREEPIK
Há uma mensagem que circula pelas redes sociais que afirma: "Não existe a menor condição de ter morrido 100 mil pessoas no Brasil pela Covid-19. A menos que tenham encontrado a cura para as demais doenças". De acordo com a editoria Fato ou Fake, do portal “G1”, a informação se trata de uma fake news.
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Com base no Portal da Transparência dos cartórios, a mensagem que circula pelas redes lista, mês a mês, o total de mortes registradas pelos cartórios no Brasil de fevereiro a julho de 2019 e de 2020. Ao fim, soma os números e diz que, de fevereiro a julho de 2020, houve 65.885 óbitos a mais que no mesmo período de 2019. Esse número, portanto, não seria suficiente para se chegar à cifra de mais de 100 mil mortes que consta das estatísticas oficiais divulgadas pelas secretarias da Saúde e pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o “G1”, a mensagem mostra dados reais dos cartórios, mas a conclusão é falsa porque não leva em conta a defasagem e a subnotificação de dados dos cartórios e por omitir e distorcer informações relevantes.
Por exemplo, diz o portal, a mensagem não leva em conta que os cartórios ainda não contaram todas as mortes ocorridas em 2020 – o registro de uma morte no sistema leva dias e muitas vezes sequer é feito. Também omite que o próprio portal dos cartórios registra quase 90 mil mortes por Covid-19 até julho. Além disso, distorce a comparação ao não levar em conta que as 100 mil mortes só foram atingidas em agosto.
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Outro ponto mostrado como falso da mensagem é a frase "A menos que tenham encontrado a cura para as demais doenças". Essa frase não leva em conta que houve menos mortes por outras causas e pessoas com doenças crônicas e idosos têm a vida abreviada pelo novo coronavírus.
Neste ano, em razão da pandemia, o portal da Transparência do Registro Civil criou uma seção com informações de mortes por Covid-19, onde é possível saber a quantidade de casos registrados em um determinado período. Mas os dados são defasados e subnotificados.
Leia a matéria completa.
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