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Relatório da ONU revela qual impacto dos seres humanos no aquecimento global | Reprodução/Freepik
O aquecimento global se tornou uma crise planetária, uma preocupação que une cientistas e líderes políticos em todo o mundo.
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A urgência da situação foi destacada recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU), que publicou um relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) com um “alerta vermelho” para a humanidade.
Enquanto quase 200 países discutem planos de redução de emissões em conferências climáticas, a pergunta que persiste para muitas pessoas é: como a ciência tem certeza de que somos os responsáveis por esse aumento de temperatura?
A resposta está em uma série de evidências claras e comprovadas, que formam a base das ações necessárias para salvar o clima do nosso planeta.
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A temperatura média na superfície da Terra aumentou cerca de 1,1 grau Celsius desde o início da Revolução Industrial, em 1850. As últimas quatro décadas foram as mais quentes já registradas. Essas conclusões vêm de milhões de medições feitas por estações meteorológicas em terra, embarcações e satélites.
Além disso, estudos de anéis de árvores, amostras de gelo e corais ajudam a reconstruir o clima de séculos e milênios passados. A análise desses dados históricos mostra que a Terra não está tão quente há pelo menos 125 mil anos, evidenciando o quão incomum é a fase de aquecimento atual.
A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento liberam dióxido de carbono (CO), o principal gás do efeito estufa. Satélites já mostraram que há menos calor sendo emitido da Terra para o espaço, justamente na longitude de onda que o CO absorve. A energia que não é enviada para o espaço é devolvida à Terra, aquecendo o planeta.
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Uma análise mais profunda revela que o carbono produzido pela queima de combustíveis fósseis tem uma marca química única. Essa marca é encontrada nos anéis das árvores e no gelo, confirmando que as concentrações de carbono de origem fóssil aumentaram significativamente desde 1850.
Durante 800 mil anos, os níveis de CO na atmosfera nunca ultrapassaram 300 partes por milhão (ppm). Hoje, essa concentração está em 420 ppm, uma escalada que coincide com o crescimento industrial.
Modelos climáticos de computador, que simulam o que aconteceria sem a influência humana, mostram que as temperaturas teriam se mantido estáveis ou até diminuído nos séculos 20 e 21 se apenas os fatores naturais tivessem sido considerados.
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Somente ao incluir a ação humana os modelos conseguem explicar o aumento de temperatura que presenciamos.
Os efeitos desse aquecimento já são visíveis e correspondem às previsões dos cientistas. O gelo na Groenlândia e na Antártica está derretendo rapidamente, os níveis globais do mar subiram 20 centímetros no último século e o número de desastres relacionados ao clima quintuplicou nos últimos 50 anos.
É importante lembrar que, sim, o planeta já foi mais quente em outras eras, mas os humanos não existiam para enfrentar as consequências. Naqueles períodos, um aumento de cinco a oito metros no nível do mar era comum, o que hoje seria suficiente para submergir a maioria das cidades costeiras.
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Como afirmou o relatório da ONU de 2021: “É indiscutível que a influência humana aqueceu a atmosfera, os oceanos e a terra”. A ciência é unânime: as mudanças climáticas são reais e são resultado direto da ação humana.
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