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Cotidiano

Elevador espacial de 96 mil km pode aposentar foguetes

Ideia consiste em construir um cabo ultrarresistente preso à superfície da Terra e ancorado a um contrapeso no espaço

Monise Souza

23/05/2025 às 16:30

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Elevador espacial é capaz de levar cargas à órbita terrestre sem o uso de foguetes

Elevador espacial é capaz de levar cargas à órbita terrestre sem o uso de foguetes | Divulgacao/Obayashi Corporation

Um elevador espacial com 96 mil quilômetros de extensão, capaz de levar cargas à órbita terrestre sem o uso de foguetes, entrou na pauta e começa a ser cogitado por engenheiros e físicos.

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Atualmente, lançar qualquer carga ao espaço depende de foguetes movidos a combustíveis líquidos ou sólidos, que custam bilhões de dólares por ano e deixam rastros ambientais. Caso a ideia evolua, ela poderá substituir esse meio de transporte.

A ideia consiste em construir um cabo ultrarresistente preso à superfície da Terra e ancorado a um contrapeso no espaço. Por esse cabo, subiriam veículos motorizados, apelidados de “baldes” ou “climbers”, que transportariam satélites, equipamentos e até seres humanos para a órbita.

Como vai funcionar

A ideia surgiu em 1895, proposta pelo físico russo Konstantin Tsiolkovsky. Desde então, o projeto ganhou respaldo teórico e, recentemente, passou a atrair olhares da comunidade científica global.

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Ao contrário do que se imagina, o elevador não subiria até o espaço usando propulsão. Em vez disso, ele seria sustentado por forças centrífugas. Confira:

  • Uma base na Terra, próxima à linha do Equador (por estabilidade).
  • Um cabo feito de material ultrarresistente (como nanotubos de carbono ou grafeno), esticando-se até além da órbita geoestacionária (cerca de 35.786 quilômetros) e ancorado em um contrapeso com massa suficiente para manter o equilíbrio gravitacional.
  • “Climbers” automatizados, alimentados por energia solar ou feixes de laser da superfície, subiriam por esse cabo carregando cargas ao espaço.
  • A velocidade dos “climbers” seria de 200 a 300 km/h. Uma viagem até a órbita levaria cerca de cinco a sete dias, com custo significativamente menor do que foguetes.

Elevador será construído?

Apesar dos avanços teóricos e tecnológicos, o elevador espacial ainda não foi construído por três motivos:

Para suportar seu próprio peso e as tensões extremas, o cabo precisaria ser feito de um material 200 vezes mais resistente que o aço e extremamente leve. 

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Além disso, a órbita terrestre está cheia de detritos espaciais. Um elevador com 96 mil quilômetros de extensão atravessaria múltiplas altitudes, aumentando o risco de colisão com satélites e lixo espacial.

Outro desafio é que o equipamento é de uma estrutura que atravessaria o espaço aéreo de diversos países e estaria sujeita a tratados internacionais. O local ideal de ancoragem seria no Equador, onde a força centrífuga é máxima, mas para que isso ocorra é necessário estabilidade política, acordos internacionais e investimentos de bilhões.

Projetos em andamento

Apesar dos desafios, algumas organizações e universidades ao redor do mundo vêm trabalhando no conceito do elevador espacial, como a Nasa, que estuda viabilidade desde os anos 1990, por meio do Institute for Advanced Concepts.

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Esses projetos testam o conceito em laboratório e também buscam soluções para materiais, controle de tração e fornecimento de energia em larga escala.

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