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Cantora e compositora Fabiana Cozza durante a atração da TV Globo | Divulgação/TV Globo
A TV Globo anunciou a quarta edição do “Sons de São Paulo”, atração que se debruça sobre a música religiosa em cidades paulistas em dois episódios. A novidade vai ao ar nesta sexta-feira (8/8) e na próxima (15/8), depois do "Globo Repórter".
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Com apresentação de Sabrina Simonato, a produção percorre São Paulo, São Bernardo do Campo, Campinas, Aparecida e Taubaté, explorando como a fé se manifesta sonoramente entre os paulistas.
No primeiro episódio, o programa mostra como a música é utilizada nos ritos litúrgicos, em cultos, missas, giras e templos, como ferramenta essencial de conexão com o divino".
“A música nunca é, na liturgia, um acessório. Ela é parte integrante e indispensável da ação litúrgica”, explica o padre Carlos Alberto Contieri, da Companhia de Jesus.
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A cantora Fafá de Belém, reconhecida como "a cantora dos papas" por já ter se apresentado para três pontífices, explicou o papel da sonoridade ao se aproximar da espiritualidade.
“A música religiosa é qualquer canção que leva à elevação espiritual. Não importa quem a compôs, ela nos toca pela verdade, independentemente da religião”, diz.
O episódio também trará o relato do padre e cantor Marcelo Rossi, que revela cantar músicas evangélicas como forma de promover o diálogo inter-religioso. “Sou um padre que canta, escreve e procura transmitir a fé pelo som. Quando o povo canta junto, eu já sei: é essa música. A fé se transmite, e eu espero transmiti-la”.
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No candomblé e na umbanda, os atabaques têm um papel fundamental para criar conexão com o mundo das almas. Já no budismo, mantras diferentes são entoados para buscar a iluminação.
“A música é fundamental nas religiões de matriz africana. Se você está triste, você canta. Se está alegre, você canta, se quer homenagear alguém, faz uma cantiga. No candomblé é dessa forma, você canta para o orixá e a música faz essa conexão entre o homem e a força divina”, explica a Yálòrisá Mãe Carmem de Oxum, de São Bernardo do Campo
“E o atabaque é considerado sagrado: não é feito de qualquer madeira, com qualquer couro, ou pode ser tocado por qualquer pessoa. Ele é preparado para ser tocado pelos ogans e alabês. Ele começa para depois cantarmos”, completa.
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No episódio, a cantora e pesquisadora Fabiana Cozza fala sobre a relação com a fé e a ancestralidade em suas músicas e destaca outras artistas em que o canto é marcado pela cultura popular afro-indígena, como Clara Nunes, Clementina de Jesus, Maria Bethânia e Alcione.
Dia 15 de agosto, o segundo episódio amplia a discussão ao mostrar como a música religiosa transcende os ambientes litúrgicos e conquista espaço nas plataformas digitais, nas ruas e nos palcos, reunindo multidões.
A pesquisadora Magali do Cunha, do Instituto de Estudos da Religião, aponta que o gospel hoje se transformou em uma cultura musical com nova espiritualidade, indo além dos templos e comunidades. “O gospel alcança pessoas sem vínculo institucional com a igreja, mas que compartilham a fé”, destaca.
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Um dos grandes nomes da nova geração gospel é Sarah Beatriz, que iniciou sua carreira gravando covers e hoje possui mais de 1,7 milhão de inscritos em seu canal. “É gratificante saber que minha música está chegando a lugares que eu nunca imaginei. Não é mérito meu, é mérito de Deus”, afirma a cantora.
Além disso, o programa traz depoimentos de outros artistas e representantes religiosos, como Rodolfo Abrantes, Padre Zezinho, Rosa de Saron, Juliano Son, Sandro Luiz, entre outros.
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