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Profissionais relatam casos constantes de agressões e ameaças | Jonathan Borba/Pexels
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) recebeu na quarta-feira (3/9) uma série de profissionais de enfermagem para discutir medidas de proteção e segurança após um estudo indicar que mais de 80% dos profissionais do setor sofreram algum tipo de violência nos últimos três anos.
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O levantamento foi feito pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP).
Segundo o deputado Fábio Faria de Sá, que requereu a audiência, a violência do tipo afeta todo o sistema de saúde.
“Esses profissionais enfrentam vários tipos de agressões, além das ameaças dentro dos serviços de saúde. Essa realidade fere não apenas os trabalhadores, mas também compromete a qualidade do atendimento à população”, destacou o parlamentar.
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O presidente do Coren-SP, Sérgio Cleto, destacou que os casos são subnotificados, muitas vezes por medo ou sensação de insegurança “Hoje não dá mais. Nós realmente chegamos no momento de falar basta. A violência contra os profissionais de saúde, contra a enfermagem que está na linha de frente, é inadmissível”, afirmou.
Conselheiro do Coren-SP e representante do quadro de técnicos e auxiliares, Fernando Henrique Vieira destacou que em boa parte dos casos os agentes públicos de segurança não estão preparados para atender as vítimas. “Precisamos ter políticas públicas e protocolos dentro das instituições para acolher os profissionais de enfermagem”, defendeu.
Segundo o conselheiro Valdenir Mariano, uma das causas pelas quais sete a cada dez vítimas não denunciam a violência é justamente como são tratadas pelos agentes de segurança. “Já estão com constrangimento psicológico porque foram agredidos, e, quando vão registrar, acabam sofrendo uma segunda agressão”.
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Outras demandas da classe feitas na Alesp são espaço digno para descanso, isenção de pedágios para os profissionais de enfermagem que trabalham em mais de dois lugares e que os municípios respeitem o piso salarial da profissão.
O conselho possui uma comissão dedicada ao enfrentamento à violência. Mais de 660 mil profissionais de enfermagem estão cadastrados no Coren-SP, com 365 mil técnicos e 272 mil auxiliares.
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