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Presidente norte-americano Donald Trump se negou a participar da COP30 | Molly Riley/Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já deixou claro que não participará da COP30, a conferência sobre mudanças climáticas das Nações Unidas que começou nesta segunda-feira (10/11), em Belém, capital do Pará. Além disso, nenhum membro do alto escalão do seu governo estará no evento.
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O norte-americano é crítico de acordos internacionais sobre mudanças climáticas, e costuma afirmar que a causa “é uma grande farsa”.
Logo no início do governo Trump, por exemplo, ele tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, um tratado internacional firmado em 2015, durante a COP21, por quase 200 países, que tem por objetivo de limitar o aquecimento global.
Ele também usou as redes sociais neste domingo (9/11) para criticar a construção da avenida da Liberdade, em Belém, uma obra de 13 quilômetros que corta áreas de floresta e comunidades locais.
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“Eles devastaram completamente a floresta amazônica no Brasil para construir uma rodovia de quatro faixas para ambientalistas circularem. Virou um grande escândalo!” exclamou o presidente norte-americano.
Em resposta, o governador paraense, Helder Barbalho (MDB), criticou Trump por se afastar de acordos internacionais sobre o clima.
“Em vez de falar de estradas, o presidente norte-americano deveria apontar caminhos contra as mudanças climáticas. Poderia celebrar a redução histórica do desmatamento da Amazônia - com destaque para o estado do Pará, que obteve o seu melhor resultado. Ou, no mínimo, seguir o exemplo do Governo do Brasil e investir mais de US$ 1 bilhão para salvar florestas no mundo”, escreveu Barbalho, também pelas redes sociais.
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“Ainda dá tempo de passar na COP30, presidente Trump. Esperamos você com um tacacá. É melhor agir do que postar”, completou o mandatário paraense.
Em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta com um convite ao seu homólogo norte-americano para que participasse da COP30. No início de outubro, o brasileiro voltou a convidar Trump, dessa vez por telefone.
Já em 26 de outubro, durante o primeiro encontro entre ambos, na Malásia, Lula voltou a tocar no tema. Nenhum dos pedidos foi suficiente para fazer Trump mudar de ideia.
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O presidente dos Estados Unidos é um defensor da manutenção de fontes tradicionais de energia, criticadas por cientistas do mundo todo por provocar gradativamente o aumento do aquecimento do planeta.
O aquecimento global causado pelo ser humano pode estar próximo do limite climático crítico estabelecido pelo Acordo Climático de Paris. Um novo estudo, publicado em novembro na revista científica Nature Geoscience, indica que, em 2023, o aquecimento provocado por atividades humanas atingiu 1,49 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
Em 2015, o Acordo de Paris foi criado com o objetivo de incentivar ações para limitar o aumento do aquecimento global a menos de 2 ºC, o mantendo preferencialmente abaixo de 1,5 °C em comparação aos níveis pré-industriais.
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