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Cotidiano

Envelhecimento acelerado em SP: 6 desafios que o poder público vai enfrentar daqui para frente

Com o aumento na quantidade de idosos, São Paulo se prepara para lidar com uma transformação demográfica profunda

José Adryan

09/09/2025 às 12:05

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São Paulo já tem mais de 2 milhões de pessoas com 60 anos ou mais

São Paulo já tem mais de 2 milhões de pessoas com 60 anos ou mais | Freepik

O envelhecimento da população paulista avança em ritmo acelerado e já coloca pressão sobre serviços de saúde, assistência social e políticas públicas. 

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Desafios incluem saúde, inclusão digital, moradia e acessibilidade urbana
Desafios incluem saúde, inclusão digital, moradia e acessibilidade urbana
O envelhecimento populacional exige políticas públicas urgentes e integradas (Fotos: Freepik)
O envelhecimento populacional exige políticas públicas urgentes e integradas (Fotos: Freepik)

A cidade precisará se adaptar para garantir qualidade de vida a milhões de idosos, levando em conta desigualdades regionais, vulnerabilidades sociais e a necessidade de inclusão digital e urbana.

1 - Crescimento rápido da população idosa

Hoje, mais de 2 milhões de paulistanos têm 60 anos ou mais, o que representa cerca de 17,7% da população da cidade, superando até mesmo o percentual de crianças e se consolidando como a segunda maior faixa etária.

O marco demográfico sinaliza uma realidade que se impõe sobre a cidade: envelhecer virou regra, não exceção.

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2 - Perfil marcado pelo sexo e pela idade avançada

Entre os idosos paulistanos, 60% são mulheres: 1.209.107 mulheres contra 813.953 homens, com diferença ainda mais expressiva acima dos 80 anos, onde o número de mulheres é mais que o dobro do de homens.

Esse dado requer atenção especial às políticas de saúde e assistência diferenciadas por gênero e faixa etária.

3 - Desigualdade territorial que aprofunda vulnerabilidades

Os idosos com mais de 80 anos concentram-se em bairros centrais como Alto de Pinheiros, Jardim Paulista, Consolação e Vila Mariana, áreas com melhor infraestrutura. 

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A maioria da população idosa está na zona leste, marcada por menores recursos, acesso precário e menos serviços públicos. Isso exige políticas interseccionais sensíveis às desigualdades regionais.

4 - Isolamento e urgência de assistência social

O crescente número de idosos que vivem sozinhos impõe desafios significativos: garantir segurança, bem-estar e suporte à saúde física e mental.

A solidão pode se tornar um fator de risco, aumentando a vulnerabilidade a doenças e quedas.

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5 - Acessibilidade e habitação adaptada são urgentes

Adaptar moradias e promover acessibilidade urbana são ações indispensáveis. As casas carecem de ajustes simples, como barras de apoio ou rampas; calçadas e transporte público também precisam ser pensados para atender melhor esse público.

6 - Saúde, inclusão digital e renovação da rede de apoio

As doenças crônicas são mais frequentes na terceira idade, exigindo serviços de saúde especializados, mais profissionais geriatras e melhor acesso a medicamentos.

Além disso, capacitar os idosos digitalmente, para que usem internet com autonomia, segurança e acesso a serviços, é parte essencial de sua inclusão.

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O que o poder público já pode (e deve) fazer

Para enfrentar esses desafios, é essencial acionar uma série de ações eficazes:

  • Promover o envelhecimento ativo: incentivar atividades físicas, culturais e sociais que mantenham os idosos engajados e com autonomia.
  • Fortalecer a rede de saúde: investir na formação de especialistas, ampliar o acesso a atendimento preventivo e ajustado às necessidades dessa população.
  • Reaparelhar a cidade: criar espaços urbanos mais acessíveis, com calçadas adequadas, transporte adaptado e atendimento público inclusivo.
  • Estimular a autonomia em casa: oferecer serviços como teleassistência, apoio domiciliar e programas de convivência.
  • Incentivar o letramento digital: preparar os idosos para usar tecnologias digitais, evitando isolamento social e facilitando o acesso a informações e serviços online.

O envelhecimento da população é um fenômeno global e irreversível, mas também representa uma oportunidade para construir uma cidade mais inclusiva e humana.

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