Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Tityus serrulatus (escorpião-amarelo) está entre as espécies mais perigosas | José Roberto Peruca/Wikimedia Commons
Com a chegada do calor e o aumento das chuvas, o número de escorpiões em áreas urbanas tem crescido em Guarulhos e outras cidades da Grande São Paulo.
Continua depois da publicidade
Esses animais preferem locais úmidos, escuros e de fácil abrigo, aparecem com mais frequência nesta época do ano e exigem atenção redobrada dos moradores, pois se escondem em cantos pouco visíveis e representam perigo dentro de casa.
Segundo dados do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em 2024 foram registradas 17 solicitações de captura de escorpiões em locais de avistamento, o que corresponde a 65% do total registrado em janeiro do mesmo ano.
No mesmo período, houve uma ocorrência de picada confirmada, número que representa 25% do total de acidentes com animais peçonhentos registrados na cidade.
Continua depois da publicidade
O levantamento mostra que os meses quentes e chuvosos favorecem a reprodução e dispersão desses aracnídeos, especialmente em áreas com entulho, lixo doméstico e restos de madeira, que servem de abrigo e alimento.
No Brasil, as espécies mais perigosas pertencem ao gênero Tityus. Em Guarulhos, os principais são o Tityus serrulatus (escorpião-amarelo) e o Tityus bahiensis (escorpião-marrom).
Esses animais se abrigam em ralos, caixas de esgoto, pilhas de entulho, restos de construção, móveis antigos e até sapatos. Por isso, a recomendação é manter quintais e jardins limpos, tampar ralos e evitar o acúmulo de materiais em desuso.
Continua depois da publicidade
Em caso de picada de escorpião, a orientação é buscar atendimento médico imediato.
O tratamento é gratuito e feito com soro antiescorpiônico, disponível nos pontos estratégicos da cidade:
Adultos: Hospital Municipal de Urgência (HMU) – Av. Tiradentes, 3392, Jardim Bom Clima
Continua depois da publicidade
Crianças e adolescentes: Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA) – Rua José Maurício, 191, Centro
Dúvidas ou solicitações de visita técnica podem ser feitas pelo telefone (11) 2436-3666.
Enquanto aguarda atendimento, é possível lavar o local com água e sabão e aplicar compressas mornas, desde que isso não atrase a ida ao hospital.
Continua depois da publicidade
Se possível, o animal deve ser capturado com segurança e levado para identificação, o que ajuda no diagnóstico e no tipo de soro a ser aplicado.
Em crianças menores de 10 anos, a recomendação é procurar atendimento imediato, podendo acionar o SAMU (192) em casos de urgência.
Os especialistas alertam que medidas caseiras podem agravar o quadro:
Continua depois da publicidade
Não faça torniquete, cortes, queimaduras ou sucção no local da picada.
Não aplique folhas, terra, pó de café ou álcool.
Não use gelo nem consuma bebidas alcoólicas após o acidente.
Continua depois da publicidade
O controle desses animais depende principalmente do manejo ambiental, ou seja, da eliminação de locais que favorecem seu abrigo e alimentação.
A Prefeitura de Guarulhos, por meio do CCZ, realiza ações educativas, inspeções técnicas e mapeamento de áreas de risco.
Principais recomendações:
Continua depois da publicidade
Mantenha lixos bem fechados para evitar baratas e outros insetos, que servem de alimento aos escorpiões.
Evite acúmulo de entulhos, folhas e materiais de construção.
Instale telas em ralos e janelas, e use soleiras nas portas.
Continua depois da publicidade
Afaste camas e berços das paredes e evite que lençóis e mosquiteiros encostem no chão.
Realize limpeza periódica de quintais e jardins.
O programa de Vigilância e Controle ao Escorpionismo atua em várias frentes:
Continua depois da publicidade
Notificação de casos pelo sistema SISAWEB
Monitoramento de áreas de risco e inspeções técnicas
Busca ativa e captura em imóveis e áreas públicas
Identificação das espécies e emissão de laudos
Capacitação de agentes de combate às endemias
Campanhas educativas em escolas, comunidades e empresas
Integração entre secretarias municipais para melhorar o manejo ambiental e reduzir os riscos
Segundo o CCZ, a colaboração da população é essencial para conter a proliferação.
“O controle dos escorpiões depende do cuidado com o ambiente. A limpeza e o descarte correto do lixo são as medidas mais eficazes para evitar o aumento da espécie”, informa o órgão.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade