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Problema é que a picada é indolor e muitos só percebem o dano tarde demais | Denise Candido/Butantan
O Brasil tem presenciado um aumento de casos de picadas de aranhas-marrons, consideradas uma das espécies de aracnídeos mais perigosas do mundo. Em Minas Gerais, por exemplo, houve 111 casos entre janeiro e fevereiro deste ano, com um crescimento de 20% em relação ao ano anterior.
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Já Curitiba é a cidade com maior incidência de acidentes com aranhas-marrons no mundo. A maioria dos acidentes ocorre entre outubro e março nas regiões Sul e Sudeste do País.
Por serem bem pequenas, elas muitas vezes passam despercebidas em calçados e roupas. Não costumam ser agressivas, mas, caso piquem uma pessoa, pode evoluir para quadros graves. Há 18 espécies catalogadas no País.
O efeito de seu veneno varia entre uma leve dor no local, até necrose do tecido picado, feridas grandes e profundas, ou até vermelhidão pelo corpo, febre, mal-estar, náuseas e vômitos. Em situações extremas leva à morte.
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O grande problema é que a picada é indolor, e muita gente só percebe o dano tarde demais.
Na natureza, segundo o Instituto Butantan, são encontradas sob rochas, debaixo de cascas e buracos de árvores, cavernas, bambuzais e fendas naturais em barrancos.
Já nas residências costumam se abrigar atrás de móveis, quadros, portas, frestas nas paredes e lugares escuros, como pilhas de madeira, tijolos e telhas.
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Em 2024, um estudo do Instituto Butantan comprovou que o soro antiaracnídico consegue neutralizar o veneno da aranha-marrom e reduzir o risco de necrose na pele, principalmente se aplicado nas primeiras 48h após o acidente.
A pesquisa do Butantan foi realizada no Hospital Vital Brazil e foi publicada na revista PLOS Neglected Tropical Diseases,
Entre as orientações para evitar acidentes estão verificar roupas, calçados e peças de cama antes de usá-los, e utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) ao manusear entulhos e transportar lenha, por exemplo.
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Em caso de picada, segundo especialistas, é preciso lavar o local abundantemente com água e sabão. A vítima deve ser levada para o hospital da forma mais rápida possível.
É indicado também capturar ou fotografar a aranha, focando o dorso e na cabeça do bicho para ajudar o médico na identificação do aracnídeo.
Caso o quadro evolua para uma forma mais grave, o paciente precisa passar por sessões de hemodiálise e até transfusão de sangue.
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Os antídotos contra a aranha-marrom são distribuídos pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
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