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Cotidiano

EUA podem negar vistos permanentes a quem tiver doenças crônicas

Nova diretriz do Departamento de Estado exige avaliação de saúde antes de aprovar vistos permanentes

Maria Eduarda Guimarães

17/11/2025 às 20:10

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Mudança atinge apenas quem pretende residir permanentemente nos EUA

Mudança atinge apenas quem pretende residir permanentemente nos EUA | Divulgação/Agência Gov

Os Estados Unidos estão prestes a endurecer o critério para concessão de vistos de imigração permanente: agora, condições como obesidade, diabetes e outras doenças crônicas podem levar à recusa do documento, segundo diretriz enviada pelo Departamento de Estado aos consulados americanos, no último dia 6.

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As novas regras não se aplicam a vistos de turismo ou negócios, como os B1/B2, sendo voltadas exclusivamente a estrangeiros que desejam residir permanentemente no país.

O memorando, assinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, orienta que condições de saúde consideradas de alto custo, como a obesidade, sejam avaliadas no processo de concessão de visto.

De acordo com o documento, pessoas com obesidade podem demandar “cuidados caros e prolongados”, o que poderia justificar a recusa do pedido de imigração.

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Dependentes com necessidades especiais 

Além da obesidade, os consulados devem analisar se os solicitantes têm dependentes com “deficiências, condições médicas crônicas ou outras necessidades especiais” que exijam cuidados capazes de comprometer a capacidade do requerente de trabalhar nos Estados Unidos.

Essas regras ampliam a aplicação do conceito de “fardo público”, utilizado há décadas na política migratória americana para restringir a entrada de indivíduos que possam depender de recursos governamentais.

O KFF Health News divulgou o conteúdo do memorando, confirmado posteriormente pela AFP.

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O Departamento de Estado detalha que condições como doenças cardiovasculares, respiratórias, câncer, diabetes e distúrbios metabólicos ou neurológicos podem gerar custos que chegam a “centenas de milhares de dólares” ao sistema de saúde americano.

Contexto e justificativas

Os Estados Unidos concentram a maior população obesa do mundo, com cerca de 40% dos adultos afetados, número ainda maior em alguns estados-chave que votaram majoritariamente em Donald Trump nas últimas eleições.

A administração republicana vem reforçando uma política migratória mais restritiva, alinhada à promessa de priorizar os interesses do contribuinte americano.

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“Não é segredo que o governo Trump prioriza os interesses do povo americano”, disse Tommy Pigott, porta-voz do Departamento de Estado, ressaltando que as medidas buscam evitar que a imigração represente um ônus financeiro ao contribuinte.

Outras mudanças

As novas regras vêm acompanhadas de medidas adicionais que aumentam o rigor do processo:

  • Perfis de redes sociais de estudantes e intercambistas devem ser públicos durante a análise do pedido;
  • Taxa de emissão de vistos subiu de US$ 185 para US$ 250;
  • Entrevistas presenciais passaram a ser obrigatórias para um número maior de solicitantes;
  • Vistos de estrangeiros cujas declarações sejam consideradas contrárias à política externa americana, incluindo posicionamentos sobre Israel, podem ser cancelados.

Embora ainda não haja uma data oficial para a implementação completa das novas diretrizes, as embaixadas já receberam instruções para aplicar maior rigor nas avaliações de candidatos à imigração permanente.

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