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Celso Sabino é ministro do Turismo do governo Lula | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro do Turismo, Celso Sabino, está na expectativa do início da COP30, a conferência do clima das Nações Unidas (ONU). O evento ocorre entre 10 e 21 de novembro em Belém, capital do Pará, considerada a porta de entrada da Amazônia brasileira.
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Em entrevista exclusiva à Gazeta, Sabino, que é paraense, disse entender o evento como “uma oportunidade histórica para o fortalecimento do turismo sustentável e para a projeção internacional do Brasil como liderança em economia verde”.
Para ele, a ideia é usar a oportunidade para destacar internacionalmente os outros biomas brasileiros, como o Pantanal e o Cerrado, e criar uma rede turística que não concentre o lucro em poucos.
Ele também comentou a polêmica sobre a alta dos preços da rede hoteleira belenense para a COP30, e explicou a decisão de se manter no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar do seu partido, União Brasil, pressionar pela sua saída do comando da Pasta.
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Sabino: O Ministério do Turismo vê a realização da COP30 em Belém como uma oportunidade histórica para o fortalecimento do turismo sustentável e para a projeção internacional do Brasil como liderança em economia verde. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que o evento reunirá cerca de 50 mil visitantes durante os dias centrais do evento, incluindo aproximadamente 7 mil integrantes da chamada “família COP”, composta por representantes da ONU e delegações oficiais de países-membros.
A realização da conferência deve gerar impactos econômicos expressivos, especialmente para a capital paraense, com a criação de empregos temporários, o aquecimento do setor de serviços, o fortalecimento da rede de hospedagem e o incremento das atividades turísticas e comerciais.
Também em escala nacional, a COP30 representa uma vitrine estratégica para atração de investimentos internacionais, especialmente nas áreas de energia limpa, inovação e tecnologias voltadas à sustentabilidade ambiental, consolidando o Brasil como destino comprometido com um futuro mais verde e inclusivo.
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Sabino: O Brasil possui uma forte vocação para o ecoturismo sustentável, pela grande diversidade de atrativos naturais que temos em todas as regiões do País. Por isso, o incentivo à sustentabilidade no turismo, com a participação de comunidades locais e tradicionais, é um dos nortes do governo do presidente Lula.
A nova Lei Geral do Turismo, por exemplo, sancionada em 2024, inclui o estímulo ao envolvimento dessas populações entre os objetivos da Política Nacional de Turismo. Aliás, sob a liderança do Brasil, o documento final do encontro do G20 Turismo, realizado no ano passado em Belém, indicou a necessidade de investimentos coletivos globais em sustentabilidade.
Sabino: Com a COP 30 será inaugurado um novo momento do turismo na Amazônia e do País, uma vez que teremos a oportunidade ímpar de mostrar ao mundo as belezas da floresta amazônica e o potencial do nosso setor de contribuir para o desenvolvimento sustentável em nível global. Mostrar que preservamos não só as florestas, mas também outros biomas, como o Pantanal, o Cerrado, que são tão ricos e onde podemos encontrar destinos turísticos belíssimos. Todo esse esforço parte da adequada associação entre atividades turísticas responsáveis e a necessária conservação ambiental.
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Sabino: Belém está plenamente preparada para receber a COP30 e para mostrar ao mundo o melhor do Brasil e da Amazônia. A cidade, que deve acolher cerca de 50 mil visitantes durante o evento, já dispõe de mais de 53 mil leitos de hospedagem mapeados, distribuídos entre hotéis, navios e residências de temporada.
O Plano de Acomodação, coordenado pelo governo federal em parceria com o Governo do Pará e a Prefeitura de Belém, está sendo executado em fases, com prioridade às delegações oficiais e à chamada ‘família COP’. Já foram disponibilizados 2.500 quartos, conforme acordo firmado com a ONU, com diárias a partir de US$ 100.
Sabino: O Ministério do Turismo, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, integra a força-tarefa do Governo do Brasil dedicada à COP30, acompanhando de perto cada etapa da preparação.
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Destinamos R$ 322 milhões do Fundo Geral de Turismo, o Novo Fungetur, exclusivamente para empreendimentos privados ligados ao evento, como meios de hospedagem e serviços turísticos, permitindo investimentos em obras, reformas e capital de giro. Esses recursos fortalecem o setor e garantem que Belém esteja à altura de um evento dessa magnitude.
Tenho acompanhado pessoalmente as obras e mantido diálogo constante com os representantes da rede hoteleira e do trade turístico local. Nosso compromisso é assegurar que a COP30 seja um sucesso não apenas durante o evento, mas também no legado que deixará para o Brasil e para a Amazônia, com uma infraestrutura mais moderna, sustentável e preparada para receber grandes encontros internacionais.
Sabino: A COP30 em Belém transcende as reformas e as novas construções na cidade. O verdadeiro legado que o Governo do Brasil está construindo é a valorização cultural e a visibilidade permanente de Belém e do Pará no cenário global. Com os olhos do mundo voltados para a Amazônia, a conferência está catapultando a imagem da capital paraense e de todo o estado.
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Esta visibilidade histórica abre portas para muito mais do que para apenas turistas, ela atrai novos investimentos em áreas vitais como ecoturismo, energia limpa, agricultura sustentável e infraestrutura de ponta.
O impacto positivo do turismo, portanto, ultrapassa a simples visitação: se espalha por diversos setores da economia, gerando uma cadeia de valor sólida e sustentável. O turismo que defendemos, sob a liderança do presidente Lula, não é o que apenas gera lucro para poucos, mas sim o que gera dignidade para muitos.
Queremos um turismo que respeite a cultura local, valorize a biodiversidade e inclua as comunidades amazônicas no seu desenvolvimento, e é isso que essa COP vai deixar.
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Sabino: É a de fortalecer a atração de visitantes estrangeiros utilizando os principais atrativos locais como âncoras. Isso inclui, claro, a capital Belém, mas se estende para regiões importantíssimas como Santarém/Alter do Chão e a Ilha de Marajó.
Nosso foco de promoção internacional destaca a biodiversidade única da floresta amazônica, a riqueza cultural inigualável, o compromisso com a sustentabilidade e o potencial do turismo de base comunitária, garantindo que o benefício do turismo chegue diretamente às mãos de quem vive e preserva a Amazônia.
A COP30 deixará um legado de obras, mas, acima de tudo, um legado de conhecimento, cultura e oportunidades duradouras para o povo paraense.
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Sabino: Continuo no governo e continuo ao lado do presidente Lula por entender que este é o melhor projeto para o País, que vem entregando resultados concretos. O momento, agora, é de trabalhar pelo bem do povo brasileiro e entender as necessidades do povo brasileiro.
A COP30, em Belém, no local onde nasci, se aproxima e temos muito trabalho a fazer, com responsabilidade que tenho não só com o governo, mas principalmente com as ações que estão em andamento no Ministério do Turismo para a realização da conferência e com outras entregas que estamos fazendo.
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