Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Otávio viu de perto o funcionamento de uma linha de metrô | Divulgação/ViaMobilidade
Aos 12 anos, Otávio Isamu Silva Takahashi já enfrenta um desafio de gente grande, como a rara síndrome de Baraitser-Winter, que provocou a deficiência auditiva bilateral e um tumor benigno no ouvido esquerdo. Essas adversidades, porém, não o impedem de realizar sonhos, como ver de perto o funcionamento de uma linha de metrô e ver, da cabine do operador, como é andar sobre trilhos. No caso do adolescente, a Linha 5-Lilás se tornou palco de um dia inesquecível para sua vida.
Continua depois da publicidade
A história de Otávio com a Linha 5-Lilás não é por acaso, visto que ele, acompanhado de sua mãe Roselane Takahashi, 44 anos, utiliza o serviço todas as semanas. Por essa razão, a convite da ViaMobilidade, responsável pela operação e manutenção do serviço, nesta semana, ambos foram ver como é conduzir um metrô e a operação no CCO (Centro de Controle Operacional), no Pátio Capão Redondo, zona sul de São Paulo.
Moradores próximos à estação Giovanni Gronchi, da própria Linha 5-Lilás, Otávio e Roselane foram a Capão Redondo, local em que esperava um trem, estacionado na plataforma 1 – fora de operação após o horário de pico. Na cabine, o adolescente pôde sentar na poltrona do operador, buzinar e assistir ao deslocamento do veículo até o Pátio.
“Gostei muito de estar dentro do trem, o trem é ótimo para mim e o meu sonho é trabalhar no metrô”, disse, enquanto esbanjava o sorriso.
Continua depois da publicidade
Pelo Pátio Capão Redondo, foi a vez de visitar o CCO (Centro de Controle Operacional), responsável pela operação e monitoramento da Linha 5-Lilás. Durante a visita, Otávio prestava atenção nos detalhes dos painéis, com todo o mapa do traçado e circulação dos metrôs em tempo real. De quebra, ganhou de presente uma réplica do trem que transporta mais de 500 mil passageiros por dia útil.
Emocionada, Roselane explicou que a paixão do filho pelo metrô o acompanha desde cedo.
“Desde bebê, a gente andava [de metrô] e ele sempre ficava muito atento dentro do trem. Mas o que mais marcou foi quando ele colocou os aparelhos auditivos e, na plataforma, dizia: ‘mamãe, está fazendo barulho'. Isso foi emocionante, porque foi um dos primeiros sons que ouviu. Ele sorria, me abraçava. Eu consigo imaginar ele trabalhando pelo metrô e realizando o sonho dele”, afirmou ela.
Continua depois da publicidade
Trilhos que se cruzam
Otávio realiza tratamento no Hospital das Clínicas e por isso precisa embarcar na Linha 5-Lilás, até a estação Chácara Klabin, onde realiza a transferência para a Linha 2-Verde do Metrô. Foi lá que ele conheceu a AAS (agente de atendimento e segurança) Mônica Nascimento, da ViaMobilidade. Logo de início, a colaboradora percebeu a paixão do passageiro pelos trilhos e ajudou a intermediar a visita à cabine do operador e ao CCO.
“Eles [filho e mãe] estavam na plataforma e perguntei se precisavam de ajuda. E daí ela explicou que ele gostava de ficar na janela para ver os trilhos e o metrô. Então ficamos conversando sobre a vida dele e o quanto gosta de trens. Daí conversei com a minha supervisora para saber se era possível um passeio, porque ele queria muito. E agora o Otávio passa todos os dias na Chácara Klabin e dá ‘oi’ para mim”, disse Mônica, feliz pode ajudar o jovem passageiro a realizar um sonho.
Continua depois da publicidade
Batalha contra um tumor
Otávio usa dois aparelhos auditivos, um AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual) pelo lado direito e implante coclear no ouvido esquerdo. No entanto, ele precisará fazer um procedimento cirúrgico pelo lado esquerdo, a fim de retirar um tumor "benigno" e, sem o implante, ficará sem escutar em um dos lados por cerca de seis meses.
No entanto, o sorriso de Otávio deixa claro que nem esse obstáculo o impedirá de alcançar seus objetivos.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade