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Ford planeja reabrir as fábricas de carros em Camaçari (BA), de motores em Taubaté (SP) e a de jipes Troller em Horizonte (CE)
11/05/2020 às 13:08 atualizado em 11/05/2020 às 13:10
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Caoa dependia da obtenção de um financiamento para poder comprar a fábrica no ABC, mas desistiu após o Banco Central negar | DIVULGAÇÃO /FORD
A Ford, empresa automotiva, iniciou negociações fora do setor automotivo na compra da fábrica de São Bernardo. Desde fevereiro do ano passado, quando a o encerramento das atividades da fábrica foi anunciado. O empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono do grupo Caoa e duas empresas chinesas entraram na disputa.
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Até então, o empresário era o mais cotado para ficar com a planta, mas desistiu após ter o pedido de empréstimo negado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Temos novos interessados, incluindo não automotivos e com alto potencial de geração de empregos”, afirmou Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul, ao jornal O Estado de S. Paulo. O executivo disse que há progresso nas negociações, mas não deu detalhes.
A Ford fechou a fábrica do ABC como parte de um programa de redução de custos. Neste ano, a empresa fechou o primeiro trimestre com prejuízos de US$ 113 milhões, 29% melhor que o mesmo período de 2019. O Brasil representa 60% dos negócios na região. Esta fábrica produziu automóveis por 52 anos.
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RETOMADA.
A Ford está preparando um amplo programa de segurança para evitar a contaminação do novo coronavírus em funcionários e pretende reabrir as três fábricas no país em 1 de junho. As fábricas de carros em Camaçari (BA), de motores em Taubaté (SP) e a de jipes Troller em Horizonte (CE).
Sobre a retomada da produção, Watters afirmou que, embora a previsão seja para início de junho, pode ocorrer de cada uma das três fábricas reabrir em momentos diferentes. “Vai depender de como estiver a situação da contaminação em cada Estado”, disse. “Se houver qualquer risco não vamos abrir.”
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JUROS.
Watters acredita que a redução da taxa Selic, decidida pelo Banco Central, pode estimular a economia. “As taxas reais de juros para empréstimos estão muito altas tanto para empréstimos às empresas como para consumidores.”
Ele ainda revelou entender que os bancos estão preocupados com a capacidade de crédito dado os níveis de desemprego e de insegurança. “Porém, precisamos ser cuidadosos para não entrar num círculo vicioso”, disse.
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Há mais de um mês, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tem realizado reuniões com o Ministério da Economia, BNDES e bancos para obter linha de crédito que ajude na recomposição do caixa. Montadoras, autopeças e revendas alegam estar sem liquidez.
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