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Cotidiano

FliParaíba 2025 reconecta ancestralidade e democracia

Sob curadoria de José Manuel Diogo, evento propõe encontro radical entre ancestralidade, identidade e democracia

Leonardo Siqueira

26/11/2025 às 08:45  atualizado em 26/11/2025 às 08:46

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Centro Cultural de São Francisco vai receber o FliParaíba 2025

Centro Cultural de São Francisco vai receber o FliParaíba 2025 | Reprodução YouTube | Na Paraíba Tem

A 2ª edição do Festival Literário Internacional da Paraíba, que ocorre em João Pessoa entre esta quinta-feira (27/11) e sábado (29/11), se consolida como um dos mais relevantes espaços de reflexão literária e cultural da lusofonia contemporânea.

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Sob a curadoria de José Manuel Diogo, o evento propõe um encontro radical entre ancestralidade, identidade e democracia, com a literatura como instrumento de escuta, memória e transformação social.

O conceito curatorial “Nossa Terra, Nossa Gente” reafirma o compromisso de Diogo com uma visão humanista e descolonizadora da cultura.

A identidade do FliParaíba 2025 será marcada por três eixos de força:

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  1. A Terra: como símbolo de ancestralidade, território e enraizamento. Representada visualmente por texturas da caatinga, grafismos indígenas e pigmentos naturais.

  2. A Gente: como voz, rosto e resistência. A identidade gráfica deve espelhar a diversidade étnica e estética do povo paraibano e lusófono.

  3. O Futuro Democrático: como campo de imaginação. A linguagem visual deve articular tradição e futuro, usando códigos contemporâneos como o cordel remixado, a xilogravura expandida e a escrita em movimento.

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A partir de um olhar que une filosofia, arte e inteligência coletiva, o curador concebe o festival como uma cartografia de vozes: do barro ancestral às redes digitais, das oralidades indígenas às poéticas urbanas, das margens às academias.

Valorização da memória

O FliParaíba 2025 parte de uma equação humanista: a democracia só se sustenta onde a memória é valorizada, a identidade é respeitada e a ancestralidade é compreendida como força de permanência e transformação.

A estrutura cria espaços de cruzamento entre cosmologias indígenas, heranças africanas, feminismos decoloniais, línguas em travessia, corpos periféricos, insurgências poéticas e as utopias possíveis da democracia.

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“Cada mesa é uma travessia entre mundos”, afirma José Manuel Diogo.

“O FliParaíba não se limita a reunir escritores, mas a criar uma geografia simbólica da língua, onde o diverso se reconhece, se confronta e se transforma.”

É organizado em torno de oito mesas, cada uma com três autores, sempre num diálogo entre um autor internacional, um autor de alcance nacional brasileiro e um autor da Paraíba.

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Nelas, dialogam escritores de diferentes origens, de Silviano Santiago, Inês Pedrosa e Itamar Vieira Júnior a Germano Almeida, Afonso Cruz e MC Marechal, compondo um retrato plural da literatura como território de cidadania e de invenção.

Tradição e porvir 

O FliParaíba 2025 é o resultado de uma concepção que entende a palavra como forma de resistência e de futuro, e a democracia como arte de escutar o outro.

José Manuel Diogo transforma o festival num organismo vivo, um espaço de travessia entre a tradição e o porvir, entre o local e o planetário. É uma experiência estética e ética de cidadania da língua.

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O evento, promovido pelo Governo da Paraíba, com apoio institucional da Associação Portugal Brasil 200 anos (APBRA) e de parceiros culturais do Brasil, Portugal e África lusófona, acontece no Centro Cultural São Francisco, no Centro Histórico de João Pessoa.

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