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Por décadas, cientistas planetários suspeitaram que o núcleo interno sólido se deformava ao longo do tempo enquanto girava | Pixbay
Uma pesquisa publicada recentemente pela revista Nature Geoscience revelou que o núcleo da Terra está girando mais devagar desde 2010. E mais: o formato do núcleo mudou nos últimos 20 anos.
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Segundo a revista Superinteressante, a descoberta de pesquisadores norte-americanos e chineses de uma possível mudança de formato veio de medições de ondas sísmicas geradas por 121 terremotos nas Ilhas Sandwich do Sul, no Atlântico, entre 1991 e 2023.
Os cientistas o estudam analisando mudanças no tamanho e na forma das ondas sísmicas à medida que passam pelo núcleo. Todos foram medidos por instrumentos no Alasca.
Os responsáveis por esse estudo são os mesmos cientistas responsáveis pela descoberta da desaceleração da rotação do núcleo.
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Por décadas, cientistas planetários suspeitaram que o núcleo interno sólido se deformava ao longo do tempo enquanto girava. Agora veio a confirmação.
“Em relação ao impacto na vida, como mencionado na introdução do artigo, o crescimento do núcleo interno desempenha um papel crucial na geração do campo magnético da Terra, que nos protege da radiação solar prejudicial”, disse Yoshi Miyazaki, professor associado do departamento de ciências da Terra e planetárias da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, à CNN.
O núcleo interno da Terra, que está a 5,1 quilômetros abaixo do solo, é composto de ferro e níquel em estado sólido, devido à alta pressão das outras camadas da Terra em volta do centro.
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Só essa camada tem cerca de 70% do tamanho da Lua, com um raio de aproximadamente 1.221 quilômetros.
Esse local é rodeado pelo núcleo externo, no qual o ferro e o níquel formam uma coberta líquida e viscosa, que faz com que o núcleo gire num ritmo diferente do resto do planeta, pela influência da força magnética gerada pelo movimento convectivo do núcleo externo.
As mesmas forças magnéticas que fazem o núcleo interno mudar de velocidade e direção de rotação também são as possíveis responsáveis pela transformação de sua forma.
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Segundo os cientistas, ondas que chegavam ao núcleo interno durante um terremoto chegavam à camada interior com uma amplitude diferente num terremoto que acontecia anos depois no mesmo local, sem seguir o padrão estabelecido por seu par.
Isso sugeriria que o núcleo interno muda de formato em sua superfície, na área mais próxima ao núcleo externo. Ainda não há, porém, uma explicação definitiva para a mudança do formato.
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