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Brasil defende que a preservação das florestas não seja responsabilidade local | Ivars Utināns | Unsplash
O Fundo de Florestas Tropicais (TFF) é uma das principais apostas do governo brasileiro ao combate das mudanças climáticas. O objetivo é criar um sistema internacional de pagamento para países que mantêm suas florestas saudáveis.
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O documento valoriza o papel dos países tropicais na regulação do clima e na absorção de carbono.
Mesmo que não esteja na pauta oficial da Conferência do Clima de Belém, a proposta deve ser oficialmente lançada durante a Cúpula dos Líderes, evento que antecede a COP30.
O TFF aplica a lógica do mercado de financiamento climático. A projeção é de que cerca de US$ 125 bilhões em investimentos sejam captados. Para cada dólar investido pelo setor público, outros quatro devem vir do setor privado.
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Em resumo, o plano anunciado por Lula e a Ministra do Meio ambiente, Marina Silva propõe que países com grandes áreas de floresta tropical, como o Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo, sejam remuneradas pela conservação dos seus biomas.
A ideia surgiu após o governo perceber que a destruição de florestas tropicais gera mais retorno econômico do que a sua preservação. Manter uma floresta intacta não traz grande retorno financeiro para os países donos.
O projeto terá um sistema de pagamentos por desempenho: por meio do monitoramento por satélites, os países tropicais serão recompensados financeiramente pela manutenção de suas florestas.
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A cada hectare de floresta preservado, o país receberá um valor anual.
Os US$ 125 bilhões virão de governos, empresas e fundações para assegurar a proteção das florestas tropicais a longo prazo, tornando o TFF o maior fundo de conservação já criado.
Desse total, US$ 25 bilhões virão de países parceiros, como Brasil, Noruega, Alemanha, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e China, funcionando como garantia para atrair outros US$ 100 bilhões em investimentos privados.
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Os recursos serão aplicados em títulos de investimento de baixo risco, excluindo setores poluentes como petróleo e carvão.
O Banco Mundial será responsável pela administração do fundo. Cada país precisará comprovar, por meio de dados de satélite, que o desmatamento ficou abaixo de 0,5% ao ano.
Até 74 países em desenvolvimento com florestas tropicais e subtropicais úmidas devem participar do programa, somando mais de 1 bilhão de hectares de vegetação nativa. Em setembro, o Brasil anunciou o primeiro aporte de US$ 1 bilhão.
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Entre os potenciais financiadores estão Noruega, Alemanha, França, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos, que já têm histórico de apoio a programas de preservação florestal, como o Fundo Amazônia.
O lançamento oficial ocorre nesta quinta-feira (6/11), durante a Cúpula de Líderes da COP30, quando os chefes de Estado apresentarão as novas metas climáticas.
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