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Aumento de R$ 103 representa uma alta de 6,79% | Bruno Peres/Agência Brasil
O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou nesta quarta-feira (10/12) que o salário mínimo será reajustado dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026. O aumento de R$ 103 representa uma alta de 6,79% e começará a aparecer no contracheque dos trabalhadores em fevereiro.
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A definição do novo valor veio após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador que serve de base para o cálculo dos reajustes anuais. Em outubro, o INPC registrou variação de 0,03% e acumulou 4,18% nos últimos 12 meses, porcentual que compõe a primeira parte da fórmula de correção do mínimo.
Pela regra atual, o salário mínimo é ajustado por dois componentes:
Na semana passada, em 4 de dezembro, o IBGE revisou os dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 e confirmou expansão de 3,4%. No entanto, o arcabouço fiscal, mecanismo que estabelece limites para o avanço das despesas públicas, impõe um teto ao ganho real do salário mínimo.
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O reajuste do valor influencia benefícios sociais, como aposentadoria, Benefício da Prestação Continuada (BPC) e Bolsa Família, entre outros.
Pelo modelo em vigor, o aumento acima da inflação precisa ficar dentro de uma faixa entre 0,6% e 2,5%, mesmo que o PIB tenha crescido mais que isso.
Considerando essas regras, o cálculo técnico resultou em um salário mínimo projetado de R$ 1.620,99. Com o arredondamento previsto em lei, o valor final passou para R$ 1.621, chegando ao reajuste total de 6,79%.
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A divulgação desses índices obrigará o governo a revisar as projeções para as contas públicas de 2026. Isso porque o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovado pelo Congresso estimava que o salário mínimo seria um pouco maior, chegando a R$ 1.627, o que implicaria um aumento de 7,18%.
Com o novo valor confirmado, será necessário recalcular despesas atreladas ao mínimo, como benefícios previdenciários e assistenciais.
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