A+

A-

Alternar Contraste

Quinta, 15 Maio 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Greve de alunos da USP chega ao fim após seis semanas

As atividades no campus na zona leste da capital serão retomadas na próxima quarta (8), depois de mutirões de limpeza nos prédios ocupados

Natália Brito

03/11/2023 às 14:14  atualizado em 03/11/2023 às 14:23

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
O movimento de greve na USP começou no último dia 18

O movimento de greve na USP começou no último dia 18 | USP Imagens/Divulgação

A greve de estudantes da USP (Universidade de São Paulo) chegou ao fim nesta quarta-feira (1º), quando alunos da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), única unidade que ainda mantinha a paralisação, decidiram voltar às aulas. As atividades no campus na zona leste da capital serão retomadas na próxima quarta (8), depois de mutirões de limpeza nos prédios ocupados.

Em pronunciamento, o professor Ricardo Uvinha, diretor da unidade, disse que estudantes que participaram da greve não serão prejudicados, e que não haverá reprovação por falta. Segundo Uvinha, o corpo docente está sendo orientado a oferecer calendários de reposição das aulas "para garantir a finalização de todas as disciplinas de graduação da EACH com o melhor aproveitamento possível".

O movimento grevista durou mais de seis semanas e chegou a contar com a adesão de todas as faculdades e institutos da USP. Na próxima segunda-feira (6), também voltam às aulas estudantes dos cursos de Geografia, Filosofia e Ciências Sociais, da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais), onde teve início a greve pela contratação de professores.

Com isso, todas as unidades que ficam na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo, estarão em funcionamento a partir da próxima semana. Um grupo de estudantes, no entanto, continua ocupando o prédio da administração central da universidade, em protesto independente contra a possibilidade de reprovação em massa dos grevistas.

Na semana passada, o DCE (Diretório Central dos Estudantes) acionou a Justiça para tentar impedir a medida, anunciada dias antes. A reitoria, por sua vez, emitiu nota no dia 27 de outubro dizendo que "caberá a cada docente, em consonância com sua unidade, consolidar a frequência dos estudantes no semestre, levando em consideração as situações específicas".

Reivindicações dos estudantes

Iniciada em 18 de setembro por estudantes da FFLCH, a greve teve a contratação de docentes e o fortalecimento da política de permanência estudantil no centro das reivindicações. O movimento alcançou todas as unidades da USP, incluindo escolas que não têm tradição de greve, como a Faculdade de Direito e a Escola Politécnica. Professores e funcionários da universidade também aderiram à mobilização.

Segundo levantamento feito pela Adusp (Associação de Docentes da Universidade de São Paulo) com base nas folhas de pagamento disponíveis no Portal da Transparência, o corpo docente da universidade encolheu 17,56% desde 2014. O número de professores efetivos, ainda de acordo com a entidade, caiu de 5.934 para 4.892 em agosto deste ano.

A falta de docentes já levou algumas faculdades a cancelarem disciplinas obrigatórias, causando até mesmo o atraso de formaturas. Como mostrou a Folha de S.Paulo, a proporção de professor por aluno na USP é a menor em 20 anos. Em 2002, a universidade tinha 0,07 educador para cada matriculado, número que baixou para 0,05 no ano passado.

Após negociação com os estudantes, a reitoria anunciou medidas como a contratação de 148 professores temporários até o fim do ano -adicionais às 879 contratações já previstas até 2025.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados