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Alunos da Fatec de Jaú desenvolvem sistemas para preservação e renovação do meio ambiente | Reprodução/Agencia SP
Para comemorar o Dia Nacional de Combate à Seca e à Desertificação, celebrado nesta terça-feira (17/6), alunos e professores do Centro Paula Souza (CPS) desenvolveram projetos que demonstram impactos reais no combate às crises hídricas e à desertificação.
A Escola Técnica Estadual (Etec) Professor Urias Ferreira e a Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Jahu se destacam no desenvolvimento de pesquisas e métodos para o combate à desertificação.
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Na Fatec Jahu, um dos principais projetos é a elaboração de uma metodologia replicável de captação de água de chuva, para otimizar o recurso para usos que não envolvam o consumo direto. Dessa forma, a água pode ser usada para irrigação, limpeza e combate a incêndios.
“Sempre trabalhei com soluções baseadas na natureza. Ao unir educação, tecnologia e sustentabilidade, criamos algo que pode ser implementado em qualquer unidade do CPS”, explica a professora do curso de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Valéria Lopes Rodrigues.
O projeto utiliza drones, softwares especializados e estações meteorológicas para identificar áreas de coleta de água e desenhar sistemas eficientes. Além disso, inclui análise de viabilidade econômica e ambiental. O objetivo é criar um manual que possibilite a replicação da metodologia.
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Também na Fatec Jahu, o professor Jozrael Henriques Rezende lidera pesquisas no mesmo curso que buscam unir conservação ambiental, produção sustentável e melhoria da qualidade de vida.
Um dos estudos que se destacam é o Florestas Multifuncionais para a Recuperação de Passivos de Reserva Legal na Paisagem Rural Paulista, que visa restaurar áreas danificadas por meio do plantio de espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado.
A proposta do projeto é unir rentabilidade ao reflorestamento, aplicando o conceito da agrofloresta, que alia sustentabilidade ao lucro com produtos não madeireiros, como frutos, sementes e óleos.
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“A ideia é desenvolver modelos de florestas capazes de produzir conservando ou de conservar produzindo”, explica o professor Jozrael. O projeto implantou um sistema experimental que associa linhas de conservação da biodiversidade com linhas de produção.
Duas mil mudas de árvores com alto potencial econômico foram plantadas, entre elas macaúba, baru, acerola e grumixama. Os primeiros resultados são promissores: o baru tem apresentado ótimo desenvolvimento, e sua castanha possui alto valor no mercado interno e externo.
Na Etec Professor Urias Ferreira, alunos do curso técnico de Agropecuária desenvolveram, junto com as professoras Juliana Santos e Maria Angélica Berchol da Silva Travessa, uma mochila portátil para adubação. O objetivo é auxiliar na agricultura doméstica e de pequenos produtores.
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“Observamos em aula prática a dificuldade de aplicar adubo em pequenas áreas. A partir daí, reaproveitamos materiais simples como canos de PVC e mochilas de napa para criar um aplicador funcional”, explica a professora Juliana.
Desenvolvido pelos alunos Alec Gabriel Oliveira Mendes, Ana Letícia Casadio Souza e Nícolas Corrêa Berthelli Batista Jugeick, o equipamento facilita o manejo em pequenas lavouras, além de ter baixíssimo custo.
O projeto se destacou na 15ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), onde recebeu o Prêmio Mackenzie Jovem Empreendedor.
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Além disso, a escola está ampliando seu impacto sustentável com um projeto para a produção de hortaliças. As alunas Beatriz Pereira Gesuíno, Emily Gabriele Lucídio Messias e Vitória Gabriela Biral adaptaram sacos que seriam descartados, utilizando-os como cobertura do solo, o que melhora a qualidade das colheitas.
Em julho de 2024, a cidade de Artur Nogueira, no interior de São Paulo, decretou “estado de crise hídrica” em decorrência da falta de chuvas e baixo nível de água, nesta mesma época do ano.
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