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Na segunda feira os investimentos do ministro no exterior somavam R$ 52,6 milhões; nesta quinta o total já havia saltado para R$ 53,8 milhões
22/10/2021 às 20:52
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Foto de Paulo Guedes estampa nota de 9,5 milhões de dólares na avenida Faria Lima | Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress
Com a alta do dólar registrada nesta semana, muitas vezes associadas aos pronunciamentos do próprio ministro, Paulo Guedes, à frente da Economia no governo Bolsonaro, acumulou lucro médio de R$ 300 mil por dia. Desde a segunda-feira, o patrimônio de cerca de 9,5 milhões de dólares que ele mantém em sua offshore nas Ilhas Virgens Britânicas só vem aumentando.
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Quando se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro para tratar do Auxílio Brasil — o novo Bolsa Família —, no início da semana, o dólar estava cotado em R$ 5,51, de acordo com o Banco Central. Isso significa que, naquele dia, o patrimônio do ministro na offshore estava cotado a R$ 52,6 milhões. Já nesta quinta-feira (21), com o dólar fechando em alta, a R$ 5,64, a fortuna do ministro na offshore saltou para R$ 53,8 milhões. Em outras palavras, Guedes teve um aumento de R$ 1,24 milhão desde o início da semana. As informações são do Portal R7.
O lucro com seus investimentos no exterior ficou ainda mais estimulado depois que, na quarta-feira (20), o ministro anunciou que teria de "furar" o limite de gastos da Economia para financiar o Auxílio Brasil, novo benefício a ser oferecido pelo governo Bolsonaro em substituição ao atual Bolsa Família. A notícia provocou uma crise no mercado financeiro, com uma disparada do dólar e queda na bolsa de valores brasileira.
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Nesta sexta-feira (22), o ministro deu a entender que não deve voltar atrás na decisão de avançar com a proposta de gastos com o Auxílio Brasil. "Tem essa sutileza: como não há fonte permanente – permanente eram os R$ 300 que cabem dentro do teto –, mas como não há fonte permanente e IR não andou, o governo não podia ficar parado. Não vou deixar de assistir os mais frágeis. A solução tecnicamente correta não funcionou e a situação dos mais frágeis piorou.", disse o ministro.
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