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Homem teve sequelas após a contaminação, precisou fazer hemodiálise e ficou com cerca de 90% da visão comprometida | Arquivo pessoal
Cláudio Crespi, comerciante de 55 anos, um dos casos confirmados de intoxicação por metanol no estado de São Paulo, recebeu alta do hospital neste domingo (12/10) após quase duas semanas internado.
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O homem teve sequelas após a contaminação, precisou fazer hemodiálise e ficou com cerca de 90% da visão comprometida.
No dia 26 de setembro, o comerciante passou mal após beber vodca em um bar. No dia seguinte, Cláudio piorou e precisou ser internado.
Segundo a sobrinha do comerciante, a advogada Camila Crespi, ele foi levado às pressas para a UPA da Vila Maria, na Zona Norte. Então, uma médica apontou a suspeita de metanol no paciente, que foi entubado.
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Contudo, o hospital não tinha o antídoto que combateria a intoxicação, gerando um problema para que a unidade fizesse o tratamento da maneira adequada.
Camila então encontrou a solução dentro da própria casa: uma garrafa de vodca russa com 40% de teor alcoólico que era usada como decoração pela família há cinco meses.
“O hospital não tinha o antídoto. Eu fui buscar uma vodca em casa. Estava fechada. Eu e meu marido não bebemos, e a vodca russa estava em casa fechada e pronta para o meu tio usar. Na hora do desespero, a médica pediu um destilado e lembramos que tinha essa em casa”, conta Camila, que tinha ganhado a bebida de uma amiga.
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Ainda segundo ela, os médicos usaram a vodca por cerca de quatro dias no ambiente controlado do hospital, o que ajudou a estabilizar o tio, além do tratamento de hemodiálise.
Cláudio ficou em estado grave, porém, em 2 de outubro, ele acordou do coma e, após quatro dias, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A Secretaria Municipal da Saúde da cidade de São Paulo informou que, na ocasião, o Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) recomendou a administração de bebida alcoólica por sonda nasogástrica no paciente.
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“Protocolo reconhecido e utilizado em situações emergenciais com bons resultados clínicos. O procedimento foi acompanhado por um familiar que também é médico. A administração do antídoto (o próprio etanol) deve ser realizada em um equipamento de saúde, para impedir que o corpo transforme o metanol em substâncias tóxicas”, afirmou a pasta, em nota.
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