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Um homem matou cinco pessoas da mesma família a tiros em São Vicente, na Baixada Santista e depois se matou
06/12/2019 às 13:05
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Segundo a Polícia Civil, Correia era vítima de chacota no bairro onde morava; crime ocorreu ontem | NAIR BUENO/DL
Um homem matou cinco pessoas da mesma família a tiros em São Vicente, na Baixada Santista, na manhã desta quinta-feira. O eletricista Alex Sander Correia, de 48 anos, havia atirado ainda em sua companheira, que ficou ferida. Na sequência, Correia cometeu suicídio. A principal linha de investigação da Polícia Civil é que foi um crime passional.
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Correia tinha um relacionamento com Margarete N. P. de Jesus, de 41 anos. Ela tem um filho e garantia que ele era o pai. No entanto, o casal e a criança fizeram recentemente um exame de DNA, que apontou que o menino não era filho de Correia. O homem ia começar a pagar pensão para o suposto filho. Segundo a Polícia Civil, desde então Correia era vítima de chacota no bairro onde morava.
Com um revólver, ele invadiu a casa da ex-companheira e executou Margarete; a irmã dela, de 39 anos; a sobrinha, de 19; e o pai, de 57, e a mãe, de 66, da ex. Após cometer os crimes, ele se matou com um tiro na cabeça.
A outra vítima, identificada como Renata, vivia com Correia e tinha uma medida protetiva contra ele. Antes de matar Margarete e seus parentes, ele atirou contra Renata na casa onde moravam, no bairro do Humaitá, em São Vicente. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e está internada no Hospital Municipal de São Vicente.
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A prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), informou que Renata deu entrada por volta das 6h30 com ferimentos na cabeça e no braço. A paciente é acompanhada pela equipe da neurocirurgia, está consciente e realiza exames.
O caso foi registrado na Delegacia Sede de São Vicente. A Polícia Militar havia divulgado mais cedo que uma criança foi morta, mas a informação não foi confirmada pela Polícia Civil.
Feminicídios
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Em média, uma mulher é vítima de feminicídio no Estado de São Paulo a cada dois dias e meio. Em 2018, 148 assassinatos foram registrados já no boletim de ocorrência como derivados de violência doméstica ou por "menosprezo ou discriminação à condição de mulher".
O número de mortes no ano passado é 12,9% maior do que o registrado no ano anterior (131) e mais do que o dobro do que o observado em 2016 (70), embora a quantidade de homicídios dolosos tenha diminuído no Estado Os dados foram levantados pela reportagem Dados com base em boletins de ocorrência (BO) da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Apesar da alta, especialistas afirmam que o número de casos deve ser maior. Um dos motivos é a tipificação nem sempre ser apontada já no registro do BO.
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