Homem negro morre após ser encapuzado por policiais; veja vídeo

A família do homem negro morto na cidade de Rochester, Nova Iorque, nos Estados Unidos, no dia 23 de março, divulgou imagens da ação policial que resultou em sua morte. O vídeo divulgado nesta quarta-feira (2) mostra o momento exato em que policiais colocam um capuz na cabeça de Daniel Prude, ele ficou com a cabeça pressionada contra o asfalto por cerca de dois minutos. Prude morreu sete dias após o caso, quando retiraram o aparelho de suporte vida.

O irmão de Prude, Joe Prude, acionou a polícia por supostos problemas mentais da vítima. As imagens divulgadas mostram que ele estava nu, cooperando com os policiais e aceitou as ordens de ficar no chão. O homem pede para ser liberado, se agita e começa a se contorcer.

Em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, o irmão condenou a ação dos policiais. "Eu fiz uma ligação para meu irmão receber ajuda. Não para meu irmão ser linchado", disse.

"Quantos mais irmãos vão morrer até a sociedade entender que isso precisa parar?" questionou o irmão.

No vídeo, é possível notar que Prude grita “me dê sua arma, eu preciso” para os policiais, que em seguida colocam um capuz branco em sua cabeça. O capuz é utilizado para proteger os policiais da saliva dos abordados.

WARNING: Disturbing video of Rochester cops suffocating #DanielPrude. His family called 911 for help b/c Prude was in mental distress. Naked in the street, Prude complies, lays on the ground and is cuffed. Cops place bag over his head, suffocating him. pic.twitter.com/V2JfaOhjXC

— Kristen Clarke (@KristenClarkeJD) September 3, 2020

Prude pede para removerem o capuz, mas os policiais o imobilizam e batem a cabeça dele no chão. "Está tentando me matar”, diz o homem em um dos momentos. Após alguns segundos, os policiais parecem ficar preocupados quando o homem fica em silêncio e notam que um líquido está saindo de sua boca. “Você está vomitando?", indaga um dos policiais.

Morte

A morte de Daniel Prude foi causada por “complicações de asfixia em ambiente de contenção física”, segundo um legista. O relatório também indica que a situação de delírio da vítima e uma intoxicação aguda por fenciclidina contribuíram para a morte.