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Cotidiano

Interior de SP registra primeiro caso brasileiro de câncer raro

Carcinoma espinocelular está ligado ao implante de silicone

Monise Souza

14/08/2025 às 16:31

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Tipo raro de câncer foi demonstrado pela primeira vez na medicina em 1992

Tipo raro de câncer foi demonstrado pela primeira vez na medicina em 1992 | Nensuria/Freepik

O Brasil registrou o primeiro caso de um tipo  raro de câncer de mama ligado a implantes de silicone no interior de São Paulo

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O carcinoma espinocelular, demonstrado pela primeira vez na medicina em 1992, foi diagnosticado em apenas 20 mulheres no mundo.

Primeiro caso brasileiro 

O caso brasileiro foi identificado por uma equipe coordenada pelo mastologista Idam de Oliveira Junior, do Hospital de Amor, em Barretos, no interior de São Paulo.

Ele foi publicado no Annals of Surgical Oncology em 23 de julho deste ano.

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O estudo propõe  uma forma inédita de padronizar o tratamento da doença, geralmente associada ao uso prolongado de próteses sem a troca recomendada.

Diagnóstico

A paciente, de 38 anos, utilizava a prótese desde os 20.

Ela procurou atendimento médico após sentir dores e aumento do volume em uma das mamas. O exame revelou acúmulo de líquido ao redor do implante e alterações na cápsula, confirmando o câncer.

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Apesar da retirada da prótese e da mastectomia, o tumor retornou e a paciente faleceu dez meses após o diagnóstico.

“Devido ao número limitado de ocorrências, os fatores de risco ainda são desconhecidos. Estamos diante de uma doença de comportamento agressivo. O diagnóstico precoce permite um tratamento mais eficiente com maior sobrevida para a paciente”, explica Oliveira Junior em comunicado da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Apesar disso, uma vacina contra o câncer deu um passo promissor e o estudo abre caminho para novo tratamento.

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Câncer raro

O carcinoma espinocelular ligado a implantes é altamente agressivo.

Entre os 17 casos analisados pelos médicos brasileiros, nove tiveram recorrência ainda no primeiro ano e seis faleceram nos primeiros dois anos.

A média global de sobrevivência foi de 15,5 meses.

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Inflamações crônicas na cápsula do implante podem favorecer a transformação maligna das células, identificada pela presença de líquido ao redor da prótese.

O estudo propõe um sistema específico de estadiamento clínico e cirúrgico e recomenda mastectomia total para reduzir o risco de recidiva, já que as metástases atingem pulmões e fígado, na maioria das vezes.

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