Entre em nosso grupo
2
Turistas que estiverem na cidade têm 72 horas para sair do município; trabalhadores de Búzios protestaram contra a decisão
17/12/2020 às 12:50
Continua depois da publicidade
Praia da Ferradurinha, em Armação dos Búzios | /Thiago Freitas/MTur
A cidade de Armação dos Búzios, na região dos lagos do Rio, entrará em uma espécie de lockdown por determinação da Justiça. A decisão desta quinta-feira (17) é do juiz Raphael Baddini de Queiroz Campos, da 2ª Vara da comarca local, e proíbe a entrada de turistas na cidade, o acesso às praias e a circulação de táxis, carros de aplicativo e ônibus intermunicipais.
A medida foi implantada devido ao aumento de casos de Covid-19 na península. Quem não for morador e estiver agora no local tem até 72 horas para deixar o município.
Além disso, o magistrado colocou a cidade em bandeira vermelha, a pior fase criada para classificar a situação pandêmica em cada lugar. Na prática, esta bandeira indica que é necessário fazer um isolamento social completo para evitar o colapso na Saúde.
Queiroz Campos entendeu que o município não cumpriu os compromissos firmados com o Ministério Público e a Defensoria Pública durante a pandemia. A decisão impõe multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento, mas a prefeitura ainda pode recorrer na Justiça.
A decisão também estuda a proibição de eventos que promovam aglomerações, como cultos, festas, shows e feiras.
A prefeitura informou que já entrou com recurso junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e que, enquanto a decisão estiver valendo, a barreira não permite a entrada de turistas.
Além disso, a gestão afirmou que equipes da Coordenadoria de Posturas de Búzios estão percorrendo as pousadas e hotéis para cumprir a decisão.
Protesto
Na manhã desta quinta-feira (17), cerca de 500 trabalhadores de diferentes setores da economia do município realizaram uma manifestação contra a decisão da Justiça.
Continua depois da publicidade
A concentração do protesto começou pela manhã, em frente ao Fórum. Entre os manifestantes estavam comerciantes, trabalhadores de hotéis, pousadas e pessoas que trabalham com passeios de barco, que carregavam placas com frases como "Búzios não fecha" e "Lockdown não".
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade