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Cotidiano

Laudo revela quanto tempo Juliana Marins sobreviveu após queda em trilha na Indonésia

Nova autópsia foi realizada no Brasil por legistas do Rio de Janeiro, local onde ela morava

Monise Souza

10/07/2025 às 15:00  atualizado em 10/07/2025 às 15:04

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Juliana Marins morreu durante uma trilha em um vulcão na Indonésia

Juliana Marins morreu durante uma trilha em um vulcão na Indonésia | Reprodução/Instagram

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu entre dois e três dias após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação foi repassada pela polícia local à Polícia Civil do Rio de Janeiro.

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A pedido da família, uma nova autópsia foi realizada no Brasil por legistas do Rio. Segundo o laudo obtido pelo RJ2, da Globo, os peritos brasileiros não conseguiram determinar com precisão a data da morte devido às condições em que o corpo chegou ao País.

O documento confirma os dados do exame feito anteriormente na Indonésia. O novo laudo feito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária morreu por múltiplos traumas causados pela queda.

De acordo com esse primeiro laudo, Juliana teria morrido entre 1h15 do dia 23 de junho e 1h15 do dia 24. O acidente aconteceu na manhã do dia 21, e o corpo foi localizado apenas na noite do dia 24.

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O laudo completo das autoridades indonésias não foi divulgado. Até então, as únicas informações conhecidas vieram de declarações do perito forense Ida Bagus Alit, concedidas em uma entrevista no dia 27, sem detalhes sobre o horário exato da morte.

Causa da morte confirmada

Segundo o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio, Juliana morreu em decorrência de múltiplos traumas provocados pela queda. A causa imediata foi hemorragia interna, causada por lesões em órgãos internos e politraumatismos, compatíveis com um impacto de alta energia cinética.

Os peritos brasileiros estimam que Juliana sobreviveu por, no máximo, 15 minutos após o impacto. Já a perícia realizada na Indonésia apontava que a morte teria ocorrido cerca de 20 minutos após a queda.

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Nova autópsia

Em audiência na tarde desta terça-feira (1º/7) a AGU informou que cumpriria voluntariamente o pedido de nova autópsia no corpo de Juliana.

A Defensoria Pública da União (DPU) e o governo estadual do Rio de Janeiro fizeram um acordo que prevê nova autópsia no corpo da brasileira Juliana Marins pelo IML Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, na manhã de 2 de julho. 

Segundo a Defensoria Pública da União, o exame necroscópico deve ser realizado em até seis horas após o desembarque, para preservar eventuais evidências sobre as circunstâncias da morte.

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A família da publicitária havia entrado com um pedido na Justiça Federal para ser realizada uma autópsia no corpo da jovem no Brasil.

Divergências no laudo

O laudo da autópsia feita na Indonésia indica que Juliana sofreu um trauma contundente que causou hemorragia interna e danos a órgãos vitais.

A estimativa é de que ela tenha morrido cerca de 20 minutos após o impacto. O médico legista responsável afirmou ainda que, apesar de uma primeira queda, outras escoriações e fraturas sugerem que ela pode ter sofrido novas quedas no dia seguinte, em razão da inclinação do terreno.

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Queda

Juliana escorregou e caiu no sábado (21/6) durante uma trilha ao Monte Rinjani. Ela foi encontrada sem vida na terça-feira (24/6) e resgatado na quarta-feira (25/6), após uma operação de busca e resgate que enfrentou dificuldades devido ao mau tempo e ao terreno da região.

Nas redes sociais, brasileiros criticaram a demora da operação de resgate. Familiares afirmaram que houve negligência e que devem recorrer à Justiça.

Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Manoel Marins, pai de Juliana, relatou falhas na condução do resgate.

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Segundo ele, a filha teria sido deixada sozinha pelo guia turístico durante a madrugada, por um período de cerca de 30 minutos. Nesse intervalo, Juliana teria caído do penhasco.

Resgate da brasileira

A brigada de socorro do parque só teria sido acionada horas depois, e a equipe da Basarnas, agência oficial de busca e resgate da Indonésia, chegou ao local somente às 19h do mesmo dia.

Juliana teria sido localizada sem vida somente na manhã de segunda-feira (23/6), por meio de um drone.

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Manoel responsabiliza o guia, a empresa de turismo e a administração do parque pela morte da filha. Ele critica a falta de preparo da equipe e afirma que o passeio foi vendido como uma trilha fácil, sem apresentar os riscos reais.

“O maior culpado é o coordenador do parque, que demorou a acionar o resgate especializado”, afirmou.

O pai ainda destacou que nenhum dos envolvidos reconheceu falhas ou pediu desculpas à família. Segundo ele, o próprio guia admitiu não possuir certificação. “Eles não se sentem culpados em nenhum momento”, concluiu.

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Após impasse sobre como o corpo da brasileira seria repatriado, o presidente Lula afirmou na quinta (26/6) que determinou ao Itamaraty que ofereça total apoio à família, incluindo o traslado do corpo ao Brasil. 

Antes disso, o jogador Alexandre Pato havia se prontificado a custear o traslado.

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