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Iranianos realizaram uma manifestação contra os Estados Unidos na capital Teerã, na sexta-feira | /VAHID SALEMI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Os líderes mundiais reagiram ao assassinato do general iraniano Qassem Suleimani, figura-chave da influência da República Islâmica no Oriente Médio, e pediram calma. Suleimani foi morto em um ataque americano na madrugada de sexta-feira (3), em Bagdá, e a morte provocou preocupações em todo o mundo.
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Em Teerã, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o assassinato do general. Com frases como "Morte aos Estados Unidos" e cartazes com a foto do general, os manifestantes lotaram as ruas ao longo de vários quarteirões no centro da capital iraniana. Durante a manifestação, bandeiras dos EUA e de Israel foram queimadas.
Enquanto Teerã promete represálias, alguns dos principais líderes mundiais se manifestaram na sexta-feira com pedidos de calma para evitar uma "escalada" das tensões entre Estados Unidos e Irã.
O primeiro-ministro iraquiano Adel Abdel Mahdi estimou que o ataque americano "iniciaria uma guerra devastadora no Iraque". "O assassinato de um comandante militar iraquiano ocupando um posto oficial é uma agressão contra o Iraque, seu Estado, seu governo e seu povo", ressaltou.
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Já o líder do movimento xiita libanês Hezbollah, grande aliado do Irã, prometeu "a justa punição" aos "assassinos criminosos" responsáveis pela morte do general iraniano.
O movimento islâmico Hamas, no poder na Faixa de Gaza, condenou o ataque contra "o mártir" Qassem Suleimani, "um dos mais eminentes senhores iranianos da guerra", classificando sua morte como "crime americano que aumenta as tensões na região".
Já o grupo armado Frente Popular de Libertação da Palestina (PFLP) pediu uma resposta "coordenada" das "forças de resistência" na região.
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A Rússia alertou para as consequências da operação "perigosa" americana, que resultará no "aumento das tensões na região", segundo seu ministério das Relações.
Para o presidente Vladimir Putin, o assassinato de Suleimani ameaça "seriamente agravar a situação" no Oriente Médio. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, estimou que "o mundo não pode permitir uma nova guerra no Golfo", e apelou aos líderes para "fazerem prova de máxima contenção" neste momento de tensões. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou que o "ciclo de violência, de provocações e de represálias deve cessar. Uma escalada deve ser evitada a todo custo". A China também expressou sua "preocupação" e pediu "calma" com a situação.
Irã acusa EUA de terrorismo
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O ministro das relações exteriores do Irã, Javad Zarif, condenou a ação e exigiu que os EUA sejam responsabilizados por todas as consequências de seu aventureirismo político.
"O ato dos EUA de terrorismo internacional, localizando e assassinando o general Suleimani - a força mais efetiva no combate ao Daesh (Estado Islâmico), Al Nusrah, Al Qaeda e outros- é extremamente perigoso e tolo", afirmou Zarif em seu perfil no Twitter.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, anunciou três dias de luto nacional.
*Com informações da Folhapress
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