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Cotidiano

Linha 9-Esmeralda, privatizada, volta a funcionar após 27 horas em SP

Falha no sistema elétrico da linha operada pela ViaMobilidade foi resolvida às 17h22 desta quart, completando mais de 27 horas de paralisação

Bruno Hoffmann

04/10/2023 às 19:07  atualizado em 04/10/2023 às 19:11

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Linha 9-Esmeralda de trens metropolitanos apresentou problema em dia de greve da CPTM

Linha 9-Esmeralda de trens metropolitanos apresentou problema em dia de greve da CPTM | Reprodução

A falha no sistema elétrico da linha 9-Esmeralda de trens, em São Paulo, operada pela ViaMobilidade foi resolvida às 17h22 desta quarta-feira (4), completando mais de 27 horas de paralisação. A circulação dos trens voltou ao normal após ficar operando por via única entre as estações Vila Olímpia e Cidade Universitária.

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Desde as primeiras horas desta quarta, as estações da linha 9-Esmeralda ficaram lotadas. O tempo de espera chegou a 30 minutos.
A falha elétrica começou por volta das 14h de terça (3) em meio à greve conjunta entre o Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Sabesp (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

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O trabalho de manutenção, segundo a concessionária, envolveu cinco frentes de trabalho formadas por cerca de 70 colaboradores, que priorizaram a solução do problema para que a linha pudesse operar normalmente o quanto antes.

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A circulação de trens acontecia por via única entre as estações Vila Olímpia e Cidade Universitária. Ao todo, 70 ônibus da operação Paese atenderam o trecho entre Vila Olímpia e Pinheiros. O restante da linha seguiu com operação normal.

Um boletim de ocorrência foi registrado nesta terça por funcionários da ViaMobilidade informando que foram encontrados objetos estranhos no trecho onde o problema foi identificado na terça.

Segundo o registro, um trem passou na estação Vila Olímpia, sentido Cidade Jardim, arrancando toda a rede aérea de energia elétrica. A rede chicoteou da Vila Olímpia até a estação USP, danificando toda a rede.

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Na estação Pinheiros, a equipe de manutenção, ainda de acordo com o registro policial, encontrou os consoles, que ficam nos postes sustentando os cabos, soltos em todo o trecho entre as estações Vila Olímpia, Cidade Jardim, Hebraica Rebouças, Pinheiros e Cidade Universitária.

No trecho na marginal Pinheiros, segundo os funcionários, foram encontradas pedras grandes próximas aos postes onde o console se soltou. No mesmo trecho, foram encontrados cinco gradis abertos.

Entre a estação Pinheiros e Cidade Jardim, na lateral da via, foi encontrado um objeto composto por um tubo metálico e um cabo de aço que não fazem parte da via área e de nenhuma outra parte do sistema. Os funcionários, disseram, no registro, que algo pode ter sido jogado sobre o trem ou sobre a rede aérea, sendo arrastado pelo trem colapsando o sistema.

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Em pouco mais de um ano sob a administração da ViaMobilidade, as linhas 8-diamante e 9-esmeralda acumularam 166 falhas, ou seja, média de uma a cada três dias. As 166 falhas foram contabilizadas no período de 27 de janeiro de 2022, quando a empresa passou a operar os dois ramais, e 31 de janeiro deste ano. São problemas em equipamentos, trens, trilhos, sistema de alimentação elétrica, rede aérea e sinalização.

Em 2019 inteiro, quando os dois ramais ainda eram administrados pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), foram contabilizadas 121 ocorrências. Nos dois anos seguintes, 2020 e 2021, somaram 34, mas com a ressalva de que a pandemia de Covid levou à redução de passageiros no sistema.

No dia 2 setembro, por exemplo, durante o festival The Town, a linha 9 que leva para Interlagos, onde o evento ocorreu, teve problemas, com relato de paradas de 40 minutos, velocidade reduzida e maior tempo de parada nas estações. De acordo com a ViaMobilidade, os atrasos foram causados por uma falha no sistema elétrico na região de Primavera-Interlagos. O problema durou das 10h10 às 17h45.

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No dia 10 de agosto, uma falha de sinalização causada por problema no sistema de processamento de dados entre as estações Bruno Covas-Mendes/Vila Natal e Autódromo, fez com que os trens da linha 9-esmeralda circulassem com velocidade reduzida das 4h30 às 9h.

Em outro exemplo, em 30 de junho, uma falha elétrica fechou as estações Bruno Covas, Grajaú, Primavera/Interlagos, Autódromo e Jurubatuba. O problema durou das 6h às 15h.

Em 14 de agosto, foi assinado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre a ViaMobilidade e o Ministério Público de São Paulo em relação à operação das linhas 8-diamante e 9-esmeralda. Com o TAC, a ViaMobilidade se compromete a pagar uma indenização de R$ 150 milhões, sendo R$ 147 milhões para investimentos imediatos não previstos originalmente e R$ 3 milhões que serão depositados no Fundo de Interesses Difusos (FID), que financia projetos para reparação de danos diversos, como ao ambiente e ao consumidor.

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Polícia investiga possível sabotagem

A partir do boletim de ocorrência e dos funcionários que foram ouvidos, a Polícia Civil investiga se houve vandalismo ou sabotagem na linha 9.

"A Polícia Civil está tomando todas as providências para apurar o que houve em relação à linha. Ouvimos as pessoas que registraram o boletim a fim de entender qual foi a situação havida no local. Solicitamos perícia tanto para a via quanto para os trens para verificar se realmente houve um ato de sabotagem ou se houve algum outro ato de vandalismo. A Polícia Civil está comprometida e empenhada em esclarecer o mais brevemente possível esses fatos que ocorreram e prejudicaram a população", disse o delegado Pablo Baccin, em entrevista ao Bom dia SP, da TV Globo.

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A ViaMobilidade afirmou, via assessoria de imprensa, que não pode afirmar que houve vandalismo ou sabotagem. Só a investigação poderá concluir o que realmente ocorreu.

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