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Cotidiano

Lô Borges morre, aos 73 anos, após batalha silenciosa na UTI

Cantor e compositor mineiro estava internado desde outubro por intoxicação medicamentosa

Hebert Dabanovich

03/11/2025 às 10:15  atualizado em 03/11/2025 às 10:24

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Lô Borges estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde 17 de outubro, após uma intoxicação por medicamentos

Lô Borges estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde 17 de outubro, após uma intoxicação por medicamentos | Divulgação

O cantor e compositor Lô Borges morreu, aos 73 anos, neste domingo (2/11, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A informação foi confirmada pela família do artista nesta segunda (3/11).

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Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde 17 de outubro, após uma intoxicação por medicamentos. Lô Borges chegou a ser submetido à ventilação mecânica e, no sábado (25/10), passou por uma traqueostomia.

A família ainda não divulgou informações sobre o local e os horários do velório e do enterro do cantor.

Mineiro de Belo Horizonte, Lô Borges foi um dos criadores do movimento Clube da Esquina, ao lado de Milton Nascimento.

Entre suas composições mais conhecidas estão “Um girassol da cor do seu cabelo”, “O trem azul” e “Paisagem da Janela”.

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Início e encontros marcantes

Salomão Borges Filho nasceu no bairro Santa Tereza, na região leste da capital mineira, sendo o sexto de 11 irmãos.

Ainda criança, se mudou com a família para o centro de Belo Horizonte durante uma reforma na casa onde vivia.

Foi nesse período que conheceu Milton Nascimento, com quem mais tarde formaria uma das parcerias mais importantes da música brasileira.

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Em entrevista ao programa “Conversa com Bial”, em 2023, Lô relembrou o primeiro encontro:

“Sentei na escadaria e dei de cara com um carinha tocando violão, era o Bituca. Eu tinha 10 anos e ele 20. Fiquei vendo o Bituca tocar violão, e ele disse comigo: 'Você gosta de música, né, menino?'”

Pouco tempo depois, também no centro da cidade, ele conheceu Beto Guedes, outro nome que integraria o Clube da Esquina.

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“Eu o vi andando de patinete, fiquei encantado, e fomos conversar. Era o Beto Guedes”, contou.

Nascimento do Clube da Esquina

De volta ao bairro Santa Tereza, Lô Borges passou a compor com amigos nas calçadas e esquinas do bairro. Milton Nascimento, mesmo morando em outro local, continuava frequentando a casa da família Borges.

“Um dia ele apareceu lá em casa procurando por mim. Minha mãe disse que eu estava na esquina, no tal ‘Clube da Esquina’. Ele foi até lá, e mostrei uma harmonia que estava criando. Ele começou a fazer a melodia, e assim nasceu a parceria que deu nome ao movimento”, relembrou.

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Mais tarde, as composições criadas nas ruas Divinópolis e Paraisópolis deram origem ao disco “Clube da Esquina”, lançado em 1972.

O álbum é considerado um dos mais importantes da história da música brasileira e, segundo a revista norte-americana “Paste Magazine”, ocupa o nono lugar entre os 300 discos mais relevantes de todos os tempos.

No mesmo ano, Lô lançou seu primeiro trabalho solo, conhecido como "Disco do Tênis".

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Carreira

Após o sucesso inicial, Lô Borges se afastou dos palcos e viveu um período em Arembepe, na Bahia. Mesmo longe do público, continuou compondo e voltou em 1978 com o álbum "Via Láctea".

Em 1984, iniciou sua primeira turnê nacional com o disco "Sonho Real". Nos anos 1990, voltou às paradas com a parceria com Samuel Rosa, na música “Dois Rios”.

Desde 2019, mantinha o hábito de lançar um novo álbum a cada ano. O último, "Céu de Giz", em parceria com Zeca Baleiro, foi lançado em agosto deste ano.

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Outra perda recente 

O mundo da música também se despediu recentemente de Arlindo Cruz, que morreu aos 66 anos após uma longa luta contra um Acidente Vascular Cerebral AVC.

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