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O publicitário Luiz Lara durante entrevista à Gazeta | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
O publicitário Luiz Lara lançará neste mês “A Alma Brasileira do Negócio - Da era de ouro à era digital, como a comunicação transforma o mundo” (Matrix Editora), no qual repassa a própria trajetória, que o consagrou como um dos maiores nomes da história da publicidade nacional. A obra foi escrita em parceria com o jornalista Thales Guaracy.
Nesta entrevista à Gazeta, o profissional que preside o Cenp desde 2021 (Fórum de Autorregulamentação do Mercado Publicitário, que reúne 116 agências de 11 setores) defendeu a importância de publicações impressas, analisou as multiplataformas e contou como é fundamental entender a alma brasileira.
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Lara foi o fundador da Lew'Lara/TBWA, na qual se mantém no conselho administrativo, e atua no conselho de várias instituições do terceiro setor. Ele também está concorrendo ao Caboré 2025, maior prêmio da publicidade brasileira, na categoria “Dirigente da Indústria da Comunicação” pelo seu desempenho no Cenp.
Para ele, o jornal impresso permanece fundamental na sociedade e no mercado da comunicação, apesar das transformações digitais.
“O jornal é um pilar da democracia e cumpre um papel fundamental. Um cidadão mais bem informado pode decidir melhor, especialmente numa época de multiplicação de fake news”, afirmou o profissional.
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Ele também destacou as mudanças digitais, que, na sua visão, são positivas, já que “antes você lia jornal todo dia; agora, lê jornal o dia inteiro”.
“A Gazeta, por exemplo, tem cerca de 40 mil exemplares em bancas e mais de 91 milhões de páginas visitadas por mês. É uma audiência qualificada. Não se pode prescindir do jornal impresso pela seriedade e pela credibilidade”, destacou.
Ele também exaltou a capa rosa histórica do periódico publicada nesta quarta-feira (1º/10), em celebração ao Outubro Rosa. A ação foi criada para conscientizar para a prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e agora, também, para o câncer de colo do útero.
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Ao longo do mês de outubro, a Gazeta e o Diário do Litoral, ambos da Gazeta Media Group Brasil (GMG), publicarão reportagens especiais em suas multiplataformas (impresso, sites e redes sociais) destacando a importância dos exames preventivos e dos cuidados com a saúde da mulher.
“Neste 1º de outubro, a Gazeta e o Diário vêm com a capa rosa em homenagem ao Outubro Rosa. O jornal também tem essa função social. Hoje você pode ver, ouvir e ler notícia no celular, no tablet, no papel e em vídeos. A informação é fundamental.”
Segundo o publicitário, a informação se tornou ainda mais essencial após a pandemia da Covid-19, quando, segundo sua análise, as pessoas passaram a estar cada vez mais conectadas.
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“A Gazeta de S.Paulo e o Diário do Litoral têm uma história que só tem a crescer. Para isso, nós, publicitários e representantes de agência de publicidade, temos condições totais de emular os anunciantes para serem parceiros em conteúdos e em projetos especiais, para fazer realmente a marca se aproximar cada vez mais da comunidade”, destacou.
“Temos [os publicitários] de aproveitar o prestígio dessa marca para associarmos as marcas dos nossos clientes, construir posicionamento forte, conexão com os consumidores e fazer vender”.
Segundo Lara, a publicidade se vale de grandes ideias, juntando criatividade, tecnologia e dados, para fazer a roda da economia gerar. “É a indústria que movimenta as outras indústrias, é a indústria que cria empregos, riquezas e impostos”.
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Ele ainda destacou que, no livro que será publicado neste mês, ele conta como a propaganda educa, informa e entretém. Destacou, como exemplos, que a publicidade tirou o tabu de mulheres usarem absorventes internos na década de 1980.
“Num país que faz a inclusão pelo consumo, ela cumpre um papel fundamental. A propaganda não obriga ninguém a comprar, mas acirra a competitividade em benefício do consumidor. Quanto mais bem informado, melhor o consumidor decide”.
Não só isso. Ele também destacou que peças publicitárias entram no imaginário nacional, além de criar uma percepção de valor maior que a etiqueta de preço. Entre seus clientes estiveram empresas como Natura, TIM, Friboi, Santander, Adidas e Nissan, entre tantas outras.
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Pelo tamanho do Brasil, os publicitários nacionais precisam, disse, criar peças com a cara do povo, e cada região tem suas peculiaridades.
“Viajo o Brasil pelo Cenp e vejo sistemas locais com agências de publicidade, veículos de comunicação, elos digitais e anunciantes locais com marcas fortes. Consegfuem fazer um trabalho regional fabuloso, com talentos e profissionais locais relevantes. É isso que temos que preservar”.
Na entrevista, Lara se disse um entusiasta das inteligências artificiais, mas se mantém firme na ideia que só o ser humano pode ser o curador das novas tecnologias. “Uma lágrima para a inteligência artificial pode ser só água e sal. Para um ser humano é uma emoção
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Ele também afirmou que nas melhores agências de publicidade boas ideias não são o bastante. “Tem que ir além. Só as melhores ideias constroem marcas”.
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