A+

A-

Alternar Contraste

Domingo, 29 Junho 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Lula anuncia Lewandowski para Ministério da Justiça; Dino fica até o fim do mês para transição

O ex-magistrado irá assumir o cargo de Flávio Dino, que deixou a pasta após ser escolhido pelo chefe do Executivo e aprovado pelo Senado para o Supremo

Ana Clara Durazzo

11/01/2024 às 13:11  atualizado em 11/01/2024 às 14:55

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Lula afirmou que Lewandowski terá liberdade para escolher sua equipe

Lula afirmou que Lewandowski terá liberdade para escolher sua equipe | Carlos Humberto/ SCO/ STF

O presidente Lula (PT) anunciou nesta quinta (11) a indicação do ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski para assumir o Ministério da Justiça.

Continua depois da publicidade

O ex-magistrado irá assumir o cargo de Flávio Dino, que deixou a pasta após ser escolhido pelo chefe do Executivo e aprovado pelo Senado para o Supremo.

Faça parte do grupo da Gazeta no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Dino seguirá no governo até o dia 30, para comandar a transição. Lula afirmou que Lewandowski terá liberdade para escolher sua equipe.

Continua depois da publicidade

Lewandowski sempre foi visto como o único ministro do STF que se manteve fiel ao PT até nos piores momentos, como no auge da Operação Lava Jato, enquanto outros indicados pelo partido à corte deram decisões desfavoráveis à sigla e fizeram acenos à direita nesse período.

A demora na oficialização ocorreu porque o ex-ministro vinha trabalhando em nomes da sua futura equipe e, principalmente, buscava organizar seu escritório de advocacia.

Continua depois da publicidade

Lewandowski foi indicado em 2006 por Lula ao Supremo, quando era desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele foi recomendado por Márcio Thomaz Bastos, então ministro da Justiça e um dos homens fortes do governo à época.

Quando presidiu no Senado o julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), chancelou uma manobra regimental que fracionou a votação.

Ele permitiu a votação em separado da perda de mandato de Dilma e da inabilitação para exercer funções públicas por oito anos. O Senado rejeitou a inabilitação, mantendo os direitos políticos da petista.

Continua depois da publicidade

Com isso, apesar de ter que deixar a Presidência da República, Dilma não ficou impedida de exercer atividade política e pôde, por exemplo, concorrer ao Senado em 2018.

No julgamento do mensalão, ele votou para absolver o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino, mas foi voto vencido.

Se seu voto tivesse prevalecido, o ex-deputado Roberto Jefferson também não teria sido considerado um colaborador nem teria sido beneficiado com o regime aberto de prisão.

Continua depois da publicidade

Ganhou notoriedade também pelos embates com o relator do caso, Joaquim Barbosa, normalmente defendendo o que apontava como garantias constitucionais dos acusados e ampla defesa.

Por isso, Lewandowski foi acusado pelo colega de parecer advogar para os réus e que estaria tentando obstruir o julgamento.

Com os processos da Lava Jato, o ministro também deu decisões que favoreceram Lula.

Continua depois da publicidade

Ele trancou, por exemplo, casos que tinham sido abertos na Justiça Federal no Paraná e autorizou que a defesa de Lula acessasse mensagens vazadas de integrantes da força-tarefa do Ministério Público Federal.

Esse material deu início à derrocada da operação.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados