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'Não podemos abandonar objetivos do Tratado de Paris', diz Lula | Reproduçãpo YouTube | CanalGov
Em discurso no Salão do Plenário durante a Cúpula de Belém, nesta quinta-feira (6/11), o presidente Lula criticou o descompromisso mundial com o financiamento climático, defendeu o protagonismo indígena e reafirmou a necessidade do fim dos combustíveis fósseis.
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O evento que antecede a COP30 é uma inovação criada pelo governo brasileiro. Nunca havia acontecido uma reunião com os principais chefes de Estado e de governo antes da Conferência das Partes. A ação é mais um passo do Brasil rumo ao protagonismo climático.
Para Lula, as rivalidades estratégicas e os conflitos armados desviam a atenção e drenam os recursos que deveriam ser usados para combater o aquecimento global. “Em um cenário de insegurança e desconfiança mútua, interesses egoístas e imediatos preponderam sobre o bem comum de longo prazo”, criticou.
Os países trabalham lentamente, mesmo sabendo dos alertas da ciência. Lula argumentou que a sociedade está ciente do impacto climático há mais de 35 anos e, mesmo assim, demorou décadas para propor um financiamento efetivo.
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“Foram necessárias 28 conferências para que se reconhecesse, pela primeira vez, em Dubai, a necessidade de se afastar dos combustíveis fósseis e reverter o desmatamento”, afirmou.
Dessa forma, o combate a mudança climática precisa estar no centro de cada governo, empresa ou pessoa. A participação da sociedade civil e o engajamento do Estado são cruciais, ambos inspirados pelos povos indígenas.
Existe uma desconexão entre os salões diplomáticos e o mundo real. A população vive os efeitos do aumento da temperatura, mas não participa das negociações. “Podem não assimilar o significado de um aumento de um grau e meio na temperatura global, mas sofrem com secas, enchentes e furacões.”
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Além disso, Lula argumentou que os indígenas convivem e têm a missão “digna” de defender a floresta amazônica, o maior símbolo da causa ambiental do mundo.
“Por isso, é justo ser a vez dos amazônidas de indagar o que está sendo feito pelo resto do mundo para evitar o colapso de sua casa”, discursou.
Outro ponto de destaque foi o protagonismo de cada país no combate à crise climática. O Acordo de Paris se tornou o espelho das principais qualidades e limitações da ação multilateral.
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Os países não devem abandonar o tratado internacional sobre mudanças climáticas adotado em 2015, durante a COP21, em Paris.
O acordo firmado por quase todos os países do mundo teve como objetivo limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2 °C em relação aos níveis pré-industriais, mas devem ser buscados esforços para não ultrapassar 1,5 °C.
O presidente afirmou que a COP30 vai honrar os legados dos eventos anteriores. Para ele, proteger a natureza e acelerar a transição energética são as formas mais efetivas de frear o aquecimento global.
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