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Cotidiano

Manifestantes ocupam prédio de R$ 1,5 bi do Itaú por justiça fiscal

Ato do MTST na Faria Lima cobra taxação de bilionários e reforma tributária em meio a debate no Congresso

Monise Souza

03/07/2025 às 13:35  atualizado em 03/07/2025 às 13:46

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Ato não tem vínculo formal com o governo federal, mas se alinha à campanha pela taxação de bilionários

Ato não tem vínculo formal com o governo federal, mas se alinha à campanha pela taxação de bilionários | Divulgação/Frente do Povo Sem Medo

O prédio mais caro do Brasil, avaliado em R$ 1,5 bilhão, na avenida Faria Lima, em São Paulo, foi ocupado na manhã desta quinta-feira (3/7) por cerca de 300 ativistas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo.

A ação pacífica pretende pressionar o Congresso e o governo federal a aprovar medidas de justiça fiscal e taxação dos super-ricos.

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Os manifestantes ocuparam o saguão do edifício Faria Lima, sede do banco Itaú BBA, levando faixas com frases como “O povo não vai pagar a conta”, “Chega de mamata” e “Taxação dos super-ricos já!”.

O protesto também reivindica isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e mais inclusão social no orçamento público.

Segundo os organizadores, o ato não tem vínculo formal com o governo federal, mas se alinha à campanha pela taxação de bilionários.

“Não é só um ato simbólico. É uma denúncia concreta: os donos do Itaú, que compraram este prédio por R$ 1,5 bilhão, pagam menos impostos do que trabalhadores que mal conseguem pagar o aluguel”, afirmaram em nota.

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Durante o ato, os militantes entoaram gritos de ordem como “Não é mole, não, taxar os super-ricos pro avanço do povão” e divulgaram vídeos nas redes sociais com críticas ao sistema tributário nacional.

“Os super-ricos não pagam impostos e o povo segue pagando a conta”, diz uma das postagens da Frente Povo Sem Medo.

Reforma tributária

A ocupação ocorre em meio à intensificação do debate sobre a reforma tributária, que inclui a taxação de fundos exclusivos e offshores, medida defendida pelo governo Lula e atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma das propostas também prevê aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para contribuintes de alta renda.

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No fim de junho, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL), que derruba as regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) editadas pelo governo Lula (PT) em maio e junho, foi aprovado na Câmara dos Deputados, com 383 votos favoráveis e 98 contrários.

Boulos celebra

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), ex-líder do MTST, celebrou a ocupação em suas redes.

“Pra cima! O MTST e a Frente Povo Sem Medo ocuparam hoje a sede do Itaú na Faria Lima – o prédio mais caro do Brasil. O recado do povo é claro: o Brasil precisa de justiça tributária”, escreveu.

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A mobilização desta quinta-feira faz parte de uma série de atos organizados para pressionar o Legislativo.

Um protesto nacional está previsto para o dia 10 de julho, na avenida Paulista, em São Paulo. Segundo o MTST, novas ocupações poderão ocorrer caso o Congresso não avance na votação de medidas que ampliem a taxação sobre grandes fortunas.

O protesto também escancara o conflito de interesses entre setores populares e a elite financeira brasileira, especialmente no atual momento político, em que propostas de redistribuição tributária dividem opiniões no Congresso e no mercado.

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