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Rio Amazonas é um dos mais importantes do mundo | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O mar está avançando sobre a foz do Rio Amazonas, um dos mais importantes do mundo, e contaminando a água doce usada pelos brasileiros.
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A água está ficando salgada e já está sendo sentida por comunidades ribeirinhas no estado do Amapá.
A conclusão vem de estudos conduzidos desde 2023 pelo Observatório Popular do Mar (Omara), apresentados durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Macapá.
A pesquisa, realizada por cientistas do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) e da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), mostra que o avanço do Oceano Atlântico está provocando salinização na região do arquipélago do Bailique, onde a água potável se tornou escassa.
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Segundo os pesquisadores, o aquecimento global acelera a expansão térmica dos oceanos e o derretimento de geleiras e calotas polares, aumentando o nível do mar.
Isso altera as correntes, intensifica ressacas e compromete a estabilidade das praias.
Entre as alternativas para conter o avanço do mar, os especialistas sugerem:
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Essas medidas, no entanto, exigem planejamento técnico e ambiental e estudos detalhados sobre o comportamento do oceano.
O coordenador da pesquisa, o oceanógrafo Luiz Paulo de Freitas Assad, alerta que intervenções mal planejadas, como a feita em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, que ampliou a faixa de areia por dragagem, podem não surtir o efeito esperado.
O avanço do mar também ameaça alterar de forma irreversível o cenário de duas das praias mais conhecidas do Brasil: Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro.
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Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) indica que, até o fim deste século, o oceano pode avançar mais de 100 metros sobre a faixa litorânea da capital fluminense.
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