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Esse avanço é suficiente para transformar inundações ocasionais em permanentes | Rafael Catarcione/RioTur
O avanço do mar ameaça transformar de forma irreversível o cenário de duas das praias mais conhecidas do Brasil: Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro.
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Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta que, até o fim deste século, o oceano pode avançar mais de 100 metros sobre a faixa litorânea da capital fluminense.
Esse avanço é suficiente para transformar inundações ocasionais em permanentes e reduzir drasticamente a extensão da areia.
A pesquisa foi conduzida por cientistas da Coppe/UFRJ e utilizou modelagem hidrodinâmica detalhada para simular os impactos das mudanças climáticas no litoral carioca.
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As simulações indicam que o nível médio do mar pode subir até 0,78 metro até 2100, com uma taxa de elevação de 7,5 mm ao ano — número superior à média global.
Outras praias como Leme, Leblon e Botafogo também aparecem entre as mais vulneráveis à erosão e à elevação do nível do mar.
Além disso, o estudo aponta riscos para a Lagoa Rodrigo de Freitas e áreas de manguezal na Baía de Guanabara, como a APA de Guapimirim.
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Segundo os pesquisadores, o aquecimento global acelera a expansão térmica dos oceanos e o derretimento de geleiras, aumentando o nível do mar.
Isso altera as correntes, intensifica ressacas e compromete a estabilidade das praias.
Entre as alternativas para conter o avanço do mar, os especialistas sugerem:
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Essas medidas, no entanto, exigem planejamento técnico e estudos detalhados sobre o comportamento do oceano.
O coordenador da pesquisa, o oceanógrafo Luiz Paulo de Freitas Assad, alerta que intervenções mal planejadas, como a feita em Balneário Camboriú (SC), podem não surtir o efeito esperado.
O estudo também acende um alerta para quem frequenta as praias: correntes marítimas perigosas devem se tornar mais frequentes e intensas.
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A orientação é redobrar a atenção a bandeiras vermelhas e respeitar as sinalizações de perigo, especialmente em períodos de ressaca.
Com o avanço do mar, o Rio de Janeiro corre o risco de perder parte de seu patrimônio natural e simbólico.
Segundo os pesquisadores, o momento exige ações urgentes e coordenadas, tanto em nível local quanto global, para mitigar os impactos das mudanças climáticas e proteger o litoral brasileiro.
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