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Sepultamento de ex-pracinha da FEB no cemitério na Vila Alpina | Sd Norberto/Divulgação
No cemitério São Pedro, na Vila Alpina, em São Paulo, há um mausoléu que guarda os restos mortais de 176 ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que lutaram a favor dos Aliados contra nazistas e fascistas em regiões montanhosas na Itália durante a Segunda Guerra Mundial.
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O tema foi relembrado por Thiago de Souza, especialista em histórias de cemitérios de São Paulo e do País e idealizador do projeto O Que Te Assombra?, após polêmica com o bilionário Elon Musk, que se defendeu da acusação de ter supostamente feito um gesto nazista. O fato ocorreu na posse do presidente norte-americano Donald Trump.
O avô de Thiago, conhecido como Lazinho, estava preparado para seguir para a Itália quando foi anunciado o fim do combate mundial, com a derrota de Adolf Hitler e Benito Mussolini.
“É inevitável não relembrar dessa passagem da minha família ao entrar na Vila Alpina”, relembrou Thiago.
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“É estranho como essa história é pouco contada. É uma das passagens mais bonitas do Exército Brasileiro, com um posicionamento importante do País, e ninguém fala dos pracinhas [como os combantes da FEB eram conhecidos]. É uma coisa maluca”, completou.
A FEB conseguiu vitórias importantes, tomando cidades e regiões que estavam sob poder nazista, como Massarosa, Camaiore e Monte Prano e Castelnuovo.
O mausoléu na Vila Alpina foi inaugurado em 1979, por iniciativa da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil de São Paulo. Foi uma forma encontrada para homenagear os militares brasileiros que conseguiram vencer forças nazistas durante a Segunda Grande Guerra.
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Entre os anos 1944 e 1945, o Brasil enviou 25.334 soldados e 73 enfermeiras da FEB para lutar contra os nazistas na Itália. Desses, 457 morreram em combate e 1,3 mil ficaram gravemente feridos.
O Brasil foi o único país sul-americano independente a enviar tropas de combate ao exterior durante a Segunda Guerra Mundial.
Atualmente, o mausoléu abriga os restos mortais de 176 ex-combatentes. Um dos últimos sepultados no local foi o pracinha João Nonato Marinho, ex-combatente da FEB, que morreu em 2018, aos 96 anos.
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Inicialmente, ele foi enterrado em Santo André, no ABC Paulista.
“Foi um desejo da família exumar o corpo e trazê-lo para cá. É uma homenagem. Queremos que ele descanse ao lado dos companheiros de guerra”, afirmou Ronilceia Marinho, uma das filhas do pracinha.
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