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Operação Contenção deflagrada pelo governo do Rio de Janeiro, nessa terça-feira (28/10) | Eusébio Gomes/TV Brasil
A Operação Contenção deflagrada pelo governo do Rio de Janeiro, nessa terça-feira (28/10), contra a facção Comando Vermelho, teve repercussão internacional por conta das dezenas de mortes.
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A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um post, no fim da noite de ontem, em seu perfil na rede X, antigo Twitter, pedindo que as autoridades estejam atentas a suas obrigações perante o direito internacional.
"Brasil: estamos horrorizados com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro, que já teria resultado na morte de mais de 60 pessoas, incluindo quatro policiais. Esta operação letal reforça a tendência de consequências extremamente fatais das ações policiais nas comunidades marginalizadas do Brasil. Relembramos às autoridades suas obrigações sob o direito internacional dos direitos humanos e instamos a realização de investigações rápidas e eficazes”.
O jornal inglês The Guardian também publicou matéria com o título “Brasil: ao menos 64 mortos no dia mais violento do Rio de Janeiro em meio a batidas policiais”.
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A publicação descreveu a operação como a mais letal da história e afirmou que as ações policiais tiveram início na madrugada com intensa troca de tiros em uma região onde moram cerca de 300 mil pessoas.
O New York Times chamou a ação policial de “a mais mortal da história do Rio, com quatro policiais mortos e, ao menos, 60 pessoas mortas."
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou, também na manhã desta quarta-feira, que já passa de 130 o número de mortos após uma megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão.
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Oficialmente, são 64 óbitos, incluindo quatro policiais, mas os números finais devem passar de 130. Outros países e entidades internacionais também se manifestaram diante do alto nível de letalidade.
A operação envolveu policiais civis, militares e federais, e foi deflagrada na terça-feira (28/10) para desarticular grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas.
Durante os confrontos, moradores relataram tiros contínuos, helicópteros sobrevoando a região e bloqueios de acesso a comunidades.
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A Defensoria Pública e o Ministério Público Estadual acompanham o caso e devem abrir investigações paralelas sobre o número de mortos e as circunstâncias das ações policiais.
O reconhecimento oficial é realizado desde as 8h no prédio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), ao lado do Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio.
O acesso ao local está restrito à Polícia Civil e ao Ministério Público Estadual, responsáveis pelos exames periciais. Outros procedimentos serão transferidos para o IML de Niterói.
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Seis corpos também foram deixados em uma Kombi na entrada do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. O veículo chegou em alta velocidade e deixou o local logo em seguida.
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