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Estação do Metrô em Taboão da Serra promete transformar a mobilidade urbana e otimizar o tempo de percurso até a região central da capital paulista | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
O governo de São Paulo avança com as obras para levar o Metrô à Taboão da Serra, na região sudoeste da Grande São Paulo. O município será o primeiro fora da capital paulista a ter uma estação do Metrô.
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A construção da extensão que pertencerá a Linha-4 Amarela será realizada sem o conhecido ‘Tatuzão’ – que é a tuneladora de grande porte que costuma acelerar obras metroviárias no estado de São Paulo.
Em entrevista à Exame, Antonio Marcio Barros Silva, diretor de operações do ramal, detalhou que o método utilizado será um chamado de NATM – que é uma técnica de escavação de origem austríaca e inovadora.
“Esse trecho será escavado utilizando o método austríaco NATM, um processo mais manual comparado à tuneladora, que é mais rápido, mas também mais caro. O uso desse método, no entanto, é viável e amplamente utilizado no mundo todo”, disse Barros Silva.
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Segundo o diretor de operação, o método NATM funciona com a retirada do solo em etapas e o uso de concreto para dar sustentação. A técnica também pode incluir estruturas metálicas e fibras no concreto, dependendo do terreno.
Já o tradicional Tatuzão é uma máquina de mais de 100 metros de comprimento, em formato cilíndrico. O equipamento escava túneis com velocidade muito maior e, ao mesmo tempo, instala os anéis de concreto que revestem a estrutura.
Ainda segundo Barros Silva, a extensão da linha será feita por meio de várias frentes de escavação manual simultâneas. Em cada frente, será construído um poço de cerca de 30 metros de profundidade, de onde partirão duas escavações em sentidos opostos.
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O trabalho será feito com retroescavadeiras, e a montagem dos anéis de concreto também será feita manualmente. O avanço diário da obra com o NATM pode ser até 20 vezes menor que o obtido com a tuneladora.
“Esse método é mais barato, embora mais demorado. Com a tuneladora, podemos avançar até 30 metros por dia. Com o NATM, a média é de 1,5 metro. Mas é um método comprovado, eficiente e utilizado globalmente”, afirma.
A estação do Metrô em Taboão da Serra promete transformar a mobilidade urbana e otimizar o tempo de percurso até a região central da capital paulista.
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visitou o município no dia 7 de abril e, por volta das 13h, deu largada às obras de extensão da Linha 4-Amarela do Metrô.
A extensão foi anunciada em 2000 e será um marco para o transporte metropolitano. A previsão inicial é de que as obras custem R$ 3,4 bilhões.
Atualmente, a Linha 4-Amarela tem 12,8 km de extensão com 11 estações, conectando a região da Luz, no centro de São Paulo, ao bairro de Vila Sônia, na zona oeste.
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A expectativa estadual é de que os trabalhos sejam concluídos até 2028. O contrato de extensão foi assinado em junho de 2024.
A estimativa do governo estadual é de que a nova estação seja uma das principais opções de transporte para mais de 1,1 milhão de moradores da região.
O ramal será ampliado em 3,3 km com duas novas estações: Chácara do Jockey, na zona oeste da capital paulista, e Taboão da Serra. Aproximadamente três mil empregos, diretos e indiretos, serão gerados durante as obras.
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As novas estações serão totalmente acessíveis, com elevadores, escadas rolantes, banheiros adaptados e rota tátil.
O trajeto entre a Estação da Luz e Taboão da Serra passará a ser feito em aproximadamente 26 minutos. A expectativa é de que 110 mil passageiros sejam atendidos diariamente.
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