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Técnicos do movimento afirmam que é possível construir 30 km de corredores de ônibus ou 2.000 km de ciclovias, com o mesmo valor | Reprodução
O “Movimento Não ao Túnel - Salvem a Sena Madureira” apresenta nesta segunda-feira (8/9), durante a audiência pública convocada pela Prefeitura de São Paulo, uma alternativa mais barata e eficaz para a construção de um túnel na rua Sena Madureira, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.
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Com um custo estimado em mais de R$ 500 milhões, técnicos do movimento, incluindo arquitetos e um geógrafo especialista em mobilidade urbana, afirmam que é possível construir 30 km de corredores de ônibus ou 2.000 km de ciclovias, “metas que a prefeitura tem descumprido nas últimas duas gestões”, com o mesmo valor.
O projeto da Prefeitura ameaça o despejo de mais de 150 famílias da Comunidade Souza Ramos, que vivem na região há mais de 70 anos.
"Não é uma solução moderna para a mobilidade urbana, pois um túnel não reduz congestionamentos, ao contrário, irá concentrar e atrair mais carros para a Sena Madureira e vias do entorno. É um fenômeno chamado tráfego induzido, ou seja, estimula o uso de carro", explica o geógrafo e especialista em mobilidade urbana, Rafael Calabria, que também é morador do local.
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Além disso, a contraproposta destaca os impactos ambientais, como o transplante de algumas dezenas de árvores, fora outras que já foram cortadas; e ameaça à nascente do córrego Embuaçu, que ainda não foi recuperada.
O “Movimento Não ao Túnel - Salvem a Sena Madureira” levou para audiência pública desta segunda-feira (8/9) um estudo técnico feito por especialistas ligados ao movimento.
Por meio da contraproposta, o grupo pretende convencer a Prefeitura de São Paulo uma solução mais barata e eficiente para o trânsito na Domingos de Morais: um retorno pelas ruas Cunha, Mairinque e Sena Madureira.
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A proposta, que inclui a desapropriação do posto de gasolina desativado, se inspira em ações bem-sucedidas da CET nas décadas de 1990 e 2000, que eliminaram gargalos similares nas ruas Afonso Celso e Luís Góis com a criação de ilhas para pedestres e a Praça Michie Akama.
Com o redesenho, além de melhorar o fluxo de veículos, será possível ampliar a Praça Lasar Segall e instalar novos equipamentos
de uso público, beneficiando a comunidade.
Com isso, o movimento garante que nem as famílias das comunidades Souza Ramos e Luiz Alves serão despejadas para uma região mais distante, como prevê o novo projeto da Prefeitura.
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